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ATUALIZA 2-BC compra dólar à vista para conter queda da moeda

Por Da Redação
6 fev 2012, 14h46

* Taxa de corte da operação ficou em R$1,7170

* Leilão à vista é o primeiro desde setembro de 2011

* Perspectivas de recursos explicam movimento–mercado

* IOF é uma opção para conter queda do dólar–fonte(Texto atualizado com mais informações)

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SÃO PAULO, 6 Fev (Reuters) – Com o objetivo de segurar mais quedas do dólar, o Banco Central fez um leilão de compra de dólares no mercado à vista na tarde desta segunda-feira, ampliando a intervenção iniciada na sexta-feira passada com uma operação a termo. O BC definiu como corte a taxa de 1,7170 real por dólar agora.

Às 15h45 (horário de Brasília), o dólar registrava pequena alta de 0,22 por cento, a 1,7205 real para a venda. No momento do leilão, a moeda norte-americana registrava baixa, sendo que na mínima do dia, chegou a 1,7127 real. Na máxima, a moeda norte-americana chegou a 1,7358 real.

É a primeira vez desde 13 de setembro que a autoridade monetária compra moeda no segmento à vista. Na época, o BC interrompeu as compras devido à disparada do dólar por causa do agravamento da crise de dívida na zona do euro.

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O dólar vem caindo desde o início de janeiro, e a possibilidade de a moeda cair abaixo de 1,70 real -patamar considerado uma espécie de piso informal para o mercado- alimentou expectativas de que o BC pudesse voltar a atuar para conter uma queda excessiva da moeda.

Na sexta-feira, a autoridade monetária fez um leilão de compra de dólares no mercado a termo, na primeira intervenção do ano e a primeira do tipo desde julho do ano passado.

Segundo os operadores, o Brasil continua recebendo muito fluxo de moeda estrangeira, com os investidores internacionais buscando bons rendimentos. Também impulsiona o movimento as recentes captações externas feitas por empresas brasileiras, além do próprio governo.

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“O BC não quer a taxa caia demais”, resumiu o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, para quem o BC pode continuar agindo caso o dólar siga em baixa.

Battistel lembrou o capital que deve ingressar ao país através de uma série de emissões corporativas e pela concessão de grandes aeroportos brasileiros à iniciativa privada, inclusive internacional.

Grupos nacionais e estrangeiros vão desembolsar 24,5 bilhões de reais para assumir o comando de três dos maiores aeroportos do Brasil, mais de quatro vezes o valor mínimo de 5,5 bilhões de reais que o governo pedia pelo controle dos terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

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Enquanto isso, seguem os anúncios de captações externas. Nesta segunda-feira, a demanda pelas notas não-securitizadas de 10 anos da Brasil Telecom superou 6,3 bilhões de dólares, e os livros já foram fechados, informou o IFR, serviço de notícias da Thomson Reuters. A expectativa é de que a emissão possa atingir 1 bilhão de dólares.

Ainda nesta sessão, uma fonte afirmou à Reuters que o Banco Santander Brasil deu mandato a bancos para coordenarem uma captação externa com bônus de 5 anos, no montante de pelo menos 500 milhões de dólares.

Também o Minerva, um dos líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, informou ter emitido 350 milhões de dólares em notes no mercado internacional, com vencimento em fevereiro de 2022, com forte demanda.

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A intervenção do BC no mercado à vista se seguiu ao leilão de compra de dólar no mercado a termo realizado na sexta-feira, na primeira operação desse tipo desde julho de 2011.

IOF DE NOVO

A equipe econômica considera que ainda não são necessárias mais medidas para evitar um fortalecimento maior do real. Mesmo assim, segundo informou na sexta-feira à Reuters uma fonte próxima ao assunto, caso isso ocorra, uma das principais possibilidades é fazer um novo ajuste no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações com derivativos cambais.

Apesar disso, o governo sabe que o país continuará recebendo fortes fluxos cambais. Isso porque, entre outros, o Federal Reserve (banco central dos EUA) anunciou, na semana passada, que vai manter as taxas de juros em níveis “excepcionalmente baixas” pelo menos até o final de 2014.

Isso torna as aplicações no Brasil bem mais atraentes, mesmo com possíveis barreiras tributárias maiores. Hoje, a taxa básica de juros do Brasil está em 10,50 por cento ao ano, uma das mais elevadas do mundo e que serve de referência para remuneração de algumas aplicações.

No final de julho passado, um dia depois de o BC realizar seu última leilão a termo de 2011, o governo anunciou uma taxação sobre as exposições em derivativos cambiais, feitas tanto por instituições financeiras quanto pessoas físicas, em um esforço para reduzir as apostas contra o dólar e conter a valorização do real. Naquele momento, o dólar estava cotado próximo a 1,55 real, nas mínimas em 12 anos.(Por José de Castro; Edição de Patrícia Duarte)

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