Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Ata do Copom sinaliza para possível alta de juros se necessário

O comitê se compromete a continuar vigilante e diz que não vai hesitar em ajustar a taxa de juros para controlar inflação se for preciso

Por Camila Pati Atualizado em 6 ago 2024, 11h00 - Publicado em 6 ago 2024, 08h53

Na ata da reunião que manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano, divulgada nesta terça-feira, 6, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reitera a necessidade de uma política monetária restritiva para controlar a inflação e assegurar a estabilidade econômica e afirma que não hesitará em aumentar os juros  se julgar necessário.

O documento destaca tanto o cenário externo adverso quanto o dinamismo inesperado da economia doméstica. “O ambiente externo mantém-se adverso, em função da incerteza sobre os impactos e a extensão da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e sobre as dinâmicas de atividade e de inflação em diversos países”, destacou o Comitê na ata da reunião. Os bancos centrais das principais economias continuam firmes em suas políticas de contenção da inflação, o que exige cautela dos países emergentes.

No cenário doméstico, a situação é de maior dinamismo do que o esperado, destaca a ata. “Os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho seguem apresentando dinamismo maior do que o esperado.” A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou, mas as medidas de inflação subjacente permanecem acima da meta. As expectativas de inflação para 2024 e 2025, segundo a pesquisa Focus, estão em torno de 4,1% e 4%, respectivamente.

O Copom apresentou cenários de referência e alternativo para a política monetária. No cenário de referência, que considera a trajetória de juros da pesquisa Focus, a inflação projetada para o primeiro trimestre de 2026 é de 3,4%. No cenário alternativo, com a taxa de juros constante, a projeção é de 3,2%. Em ambos os cenários, as projeções para a inflação anual são de 4,2% em 2024 e 3,6% em 2025 no cenário de referência, e 4,2% em 2024 e 3,4% em 2025 no cenário alternativo.

Continua após a publicidade

“O Comitê avalia que o cenário externo se mantém adverso”, com volatilidade nos mercados e cautela nas políticas monetárias globais. Internamente, a resiliência do consumo e do mercado de trabalho adiciona desafios para a convergência da inflação à meta.

O Copom reforçou também a necessidade de manter uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida pública. “Uma política fiscal crível contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros”, afirmaram os membros.

Para a condução da política monetária, o Copom decidiu por unanimidade manter a taxa Selic inalterada. No entanto, destacou que, diante do cenário desafiador, não hesitará em elevar a taxa de juros se necessário para assegurar a convergência da inflação à meta. 

Continua após a publicidade

“O Comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado.”

O documento conclui que o cenário econômico atual, caracterizado por um processo de desinflação mais lento e ampliação das expectativas de inflação, requer cautela. “A conjuntura atual demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.” 

O Copom informa também que se compromete a continuar vigilante e a ajustar a taxa de juros conforme necessário. Ainda conforme a ata, votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.