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Após Copom, mercado aposta em títulos de inflação no curto prazo

Em relação à renda variável, alguns gestores também fizeram movimentos marginais de aumento de posição

Por Juliana Machado
Atualizado em 22 mar 2024, 13h05 - Publicado em 22 mar 2024, 13h04

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar a Selic para 10,75% e indicar a chance de mais um corte à frente levou gestores e analistas de mercado a apostar principalmente em títulos atrelados à inflação, no curto prazo, e ações no Brasil e no exterior.

No caso dos títulos ligados à inflação, a leitura de analistas e gestores é de que, com o repique dos dados no começo do ano, faz sentido buscar proteção em títulos de dívida que pagam um prêmio sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimentos de curto e médio prazo. “O primeiro impacto [do corte da Selic] é nos títulos pós-fixados atrelados ao CDI, menos atraentes por fornecerem retornos cada vez menores”, afirma Jonas Chen, gestor de portfólio da B. Side Wealth Management. “Com os juros caindo, gostamos da assimetria dos papéis de inflação, via títulos públicos ou emissões privadas.”

Segundo Fabiano Zimmermann, gestor da família de fundos ASA Alpha, da gestora Asa Investments, o Banco Central saiu de uma comunicação em que antevia bons dados de inflação, com conforto para mais dois cortes da Selic, para um cenário de maior flexibilidade, sem se comprometer com reduções da taxa já no curto prazo – um cenário propenso para títulos atrelados ao IPCA.

Ainda assim, pondera Zimmermann, uma Selic terminal ao redor de 9%, como esperam os economistas, não significa um descarte de títulos pós-fixados atrelados ao CDI para investidores mais conservadores, já que o patamar seguirá relativamente elevado. “Uma economia mais forte tende a levar a inflação para um nível mais alto. Considerando isso e uma Selic perto de 9%, vemos um fechamento de juro real [queda da taxa de juros descontada a inflação], mas ainda muito atrativo.”

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Em relação à renda variável, alguns gestores também fizeram movimentos marginais de aumento de posição após as reuniões do Copom e do Federal Reserve, nos EUA. Com a taxa de juros no Brasil em ritmo contracionista, mas em queda, e a perspectiva de início do ciclo de cortes nos EUA ainda este ano, o investimento em ações segue no radar do mercado. “Estamos razoavelmente otimistas com a economia local e com a bolsa brasileira. Tivemos a questão das ingerências na Petrobras e o minério em queda, gerando pressão na Vale. A mudança de expectativa com o Copom não foi grande, mas o patamar de juros corrobora um cenário melhor para companhias de varejo e consumo”, afirma Ricardo Almeida, head de renda variável da Asa Investments.

Na bolsa americana, os olhos se voltam para o desempenho dos índices após a enérgica influência das empresas de tecnologia – as “big techs”, grandes companhias do setor, como Alphabet, Apple e Microsoft –, responsáveis por quase 25% do desempenho positivo recente do S&P 500. “Apesar das bolsas americanas terem subido muito pelo efeito das ‘big techs’, ainda existe uma janela de oportunidade no setor financeiro e de saúde lá fora quando começar a ocorrer o corte de juros no fim do primeiro semestre”, diz Eduardo Molon, especialista em mercado internacional da Ável Investimentos.

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