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Apesar de elogios a proposta da Grécia, UE ainda não afasta calote

Ministros dos países da Zona do Euro viram avanços na disposição do governo grego de realizar reformas, mas disseram que ainda há muito a ser discutido

Por Da Redação
22 jun 2015, 18h32

Ministros das Finanças da Zona do Euro receberam bem as novas propostas gregas para um acordo envolvendo reformas em troca da liberação de recursos em reunião realizada nesta segunda-feira em Bruxelas, na Bélgica. Apesar disso, os ministros deixaram claro que as medidas aventadas, que incluem aumento de impostos e reforma da previdência, ainda demandam estudos detalhados e tempo para saber se de fato podem evitar o calote da Grécia.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou, em coletiva de imprensa, que o grupo “trabalhará duro” nos próximos dias para chegar a um acordo ainda nesta semana. Dijsselbloem descreveu o documento grego como abrangente e “uma base para realmente reiniciar as conversas”, mas disse que ainda é preciso ver se esses números se traduzem em finanças públicas gregas sustentáveis.

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Os ministros também concordaram em voltar a se reunir ainda nesta semana depois de a Grécia ter discutido termos do acordo com os seus credores internacionais da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Questionado sobre sua avaliação das propostas gregas, o Comissário de Economia da UE, Pierre Moscovici, afirmou: “É uma base sólida, e finalmente global (para negociações), mas há mais trabalho a ser feito”. Já o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, publicou em sua conta no Twitter: “Damos as boas-vindas às propostas da Grécia, mas é preciso mais trabalho das instituições”.

Como antecipou a chanceler alemã Angela Merkel, a reunião da cúpula da Zona do Euro nesta segunda acabou tendo um simples caráter consultivo. “Após a reunião do Eurogrupo não há base para uma decisão, então essa só pode ser uma cúpula de aconselhamento”, disse Merkel ao chegar para a reunião.

Já o presidente francês, François Hollande, afirmou que as propostas incluem uma série de melhoras em relação às anteriores, mas não respondem a todas as exigências feitas pelos credores.

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O governo grego tem que pagar um montante de 1,6 bilhão de euros ao FMI até o dia 30 de junho ou será declarada em default (suspensão de pagamentos), o que poderia resultar numa crise econômica generalizada e até na saída do país da Zona do Euro.

Reformas – Na proposta enviada nesta segunda-feira, a Grécia decidiu sujeitar-se a exigências dos credores, como o aumento de impostos e a reforma da previdência. O governo grego informou que está disposto a elevar a idade de aposentadoria gradualmente para 67 anos e conter as pensões antecipadas. Também ofereceu reformar o sistema de imposto sobre valor agregado para determinar a alíquota básica em 23%.

Diante da incerteza do futuro imediato, os clientes dos bancos gregos sacaram nos últimos meses bilhões de euros, o que ameaça a sobrevivência dessas instituições.

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Os bancos gregos sobrevivem graças a uma linha de financiamento de emergência do Banco Central Europeu (BCE). A instituição de Frankfurt não quer aparecer como a causadora de uma forte instabilidade bancária, mas também não poderá manter indefinidamente os bancos gregos à deriva.

Em médio prazo, esses bancos deverão ser recapitalizados e, para muitos economistas, com ou sem acordo entre a Grécia e os credores, será necessária alguma forma de controle de capitais para evitar uma crise maior.

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(Da redação)

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