Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Apesar de coronavírus, indústria brasileira cresce 0,9% em janeiro

Resultado foi o melhor em três anos e a produção de bens de capital teve o maior crescimento no período; impactos negativos podem aparecer em fevereiro

Por Larissa Quintino Atualizado em 10 mar 2020, 11h04 - Publicado em 10 mar 2020, 10h00

A produção industrial brasileira cresceu 0,9% em janeiro, em relação a dezembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira, 10. O resultado interrompe a sequência de dois meses no negativo (novembro e dezembro) e é o melhor para o mês desde 2017.

O número aponta que, no início do ano, a indústria brasileira não foi afetada pelo novo coronavírus (Covid-19), que parou indústrias principalmente da China, país epicentro da doença. Como a China exporta componentes usados na montagem de alguns produtos e teve boa parte da produção do país paralisada, há risco de algum impacto na indústria nacional, mas ainda não foi refletido por aqui.

O resultado de fevereiro, entretanto, deve ser afetado. Isso porque o pico da doença no país ocorreu em janeiro e o reflexo nas encomendas entregues para outros países foi sentida no mês seguinte. O movimento de containers chineses, por exemplo, caiu 96%. A LG deu férias coletivas aos funcionários de Taubaté no início de março por falta de componentes para montar aparelhos. Além disso, a indústria automotiva estima dificuldades para a produção no mês atual.

Na comparação entre janeiro e o mês anterior, 17 dos 26 ramos industriais pesquisados e três das quatro grandes categorias econômicas apresentaram taxas positivas. “Isso não ocorria desde abril do ano passado. Os resultados positivos ficaram concentrados em poucas áreas da indústria por oito meses seguidos em 2019”, destaca o gerente da pesquisa, André Macedo.

As principais influências positivas vieram de máquinas e equipamentos (11,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%), metalurgia (6,1%) e produtos alimentícios (1,6%), depois dos recuos registrados em dezembro. Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%) avançaram pelo terceiro mês seguido. Com isso, as categorias de bens de capital, que englobam maquinários industriais, cresceram 12,6%, e bens de consumo duráveis subiram 3,7%. Esses setores são importantes porque mostram um reaquecimento da indústria. “A categoria de bens de capital interrompeu os resultados negativos desde maio de 2019, período em que acumulou redução de 14,8%. O resultado de janeiro foi o avanço mais intenso desde junho de 2018″, afirmou Macedo.

Ainda de acordo com a pesquisa, o setor de bens intermediários (0,8%) também registrou taxa positiva em janeiro. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (que envolve roupas e calçados, por exemplo) teve variação negativa de 0,1% e marcou o terceiro mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período recuo de 2,2%.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.