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Acordo sobre reforma do FMI beneficia emergentes

Países membros também concordaram em deter desvalorizações de moedas

Por Da Redação
23 out 2010, 16h08

Os países do G-20, reunidos na Coreia do Sul, chegaram a um acordo, neste sábado, sobre a maior reforma já adotada sobre a governança do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com a medida, os países emergentes, como o Brasil, ganham mais poder de decisão. Segundo um comunicado final do encontro, os ministros das Finanças dos países membros também concordaram em deter as desvalorizações competitivas de moedas, embora não tenham conseguido um consenso sobre uma linguagem mais firme que poderia ter estimulado o dólar.

A crescente influência das grandes nações emergentes foi reconhecida, durante a reunião, em um surpreendente pacto para dar-lhes maior participação no FMI. O acordo de reforma foi descrito como um momento “histórico” pelo diretor-gerente do fundo, Dominique Strauss-Kahn, o que levará aos europeus entregar duas vagas no conselho de direção e 6% a mais de poder de votação às nações emergentes. “Esta é a maior reforma já realizada na direção da instituição”, afirmou a jornalistas Strauss-Kahn, que está no comando do organismo de 187 países.

O acordo transformará a China no terceiro integrante mais poderoso do FMI, superando potências tradicionais como Alemanha, França e Itália. A Índia passará do 11º ao oitavo lugar. A Rússia ficará em nono e o Brasil em 10º lugar. “Nossa demanda era de que a cota de participação deveria refletir a realidade e as fortalezas econômicas atuais, (caso contrário) teria danificado a credibilidade da instituição. Isso está sendo corrigido agora”, disse o ministro de Finanças indiano, Pranab Mukherjee.

O G-20 decidiu há um ano entregar ao menos 5% dos direitos de votação a nações em desenvolvimento como Índia e Brasil, cujo peso dentro do FMI não estava de acordo com seu ritmo de desenvolvimento.

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Política monet��ria e câmbio – Os membros do G-20 se comprometeram em um comunicado a “regular as desvalorizações competitivas de suas moedas”, enquanto as nações em desenvolvimento prometeram reduzir seus déficits orçamentários ao longo do tempo e tomar ações para controlar os desequilíbrios das contas correntes.

“Para que o mundo possa crescer a um ritmo forte e sólido no futuro… precisamos trabalhar para conquistar um maior equilíbrio no caminho da expansão global enquanto nos recuperamos da crise”, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner.

Brasil – O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não participaram do encontro.

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Mantega alegou que não viajaria porque precisava acompanhar de perto o impacto da elevação de 4% para 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos investimentos estrangeiros em renda fixa, cujo objetivo é conter a apreciação do real em relação ao dólar.

Meirelles decidiu permanecer no Brasil para participar da reunião do Comitê de Política Monetária, que decidiu manter os juros inalterados em 10,75%.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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