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Ação do Magazine Luiza salta mais de 10% com acordo com AliExpress

Salto de mais de 10% nas ações do Magazine Luiza mostra que analistas e investidores gostaram do acordo com a AliExpress

Por Márcio Juliboni Atualizado em 24 jun 2024, 14h38 - Publicado em 24 jun 2024, 12h56

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) disparam na Bolsa nesta segunda-feira, 24, em resposta ao acordo com a AliExpress, anunciado antes da abertura do mercado. Por volta das 12h45, os papéis saltavam 10,46%, negociados a 11,96 reais. Enquanto isso, o Ibovespa subia 0,92%, a 122.458 pontos. Na máxima do dia até o momento, os papéis do Magalu alcançaram os 12,38 reais.

A parceria prevê que os produtos do Magazine Luiza que são vendidos diretamente ao consumidor (da chamada linha 1P) serão distribuídos no Brasil por meio da plataforma do AliExpress Brasil.

De outro lado, os artigos da linha Choice do AliExpress – que é uma linha premium do marketplace do grupo chinês tanto em termos de tempo de entrega quanto de qualidade – passarão a ser vendidos no Brasil, importados por meio da operação Remessa Conforme, que já conta com a certificação do Magalu. Assim, os produtos do AliExpress que passam ser vendidos no marketplace do Magalu estarão em acordo com toda a legislação brasileira.

A julgar pelo salto das ações da varejista brasileira, os analistas e investidores aprovaram a parceria. “O Magazine Luiza ganhará um maior sortimento, ao oferecer produtos da AliExpress”, afirma Fernando Ferrer, sócio e head da mesa de renda variável e FIIs da Lifetime Investimentos.

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Mas os potenciais benefícios do acordo podem ir além. “O mercado já começa a enxergar que existem diversas sinergias entre as duas empresas”, acrescenta Ferrer. Somados, os dois marketplaces contam com mais de 700 milhões de visitas por mês e mais de 60 milhões de clientes ativos.

O AliExpress poderia, por exemplo, da grande capilaridade das operações do Magalu, que conta com mais de 1.300 lojas físicas em 20 estados, além de 22 centros de distribuição. Segundo Ferrer, diante dessas potenciais sinergias, os analistas e investidores já começam a se perguntar se não faz sentido aprofundar a parceria, por meio, por exemplo, de uma troca de ações. “Até um M&A [fusão ou aquisição] seria uma opção em determinadas circunstâncias”, afirma o head da Lifetime.

Ferrer observa que, apesar do salto de MGLU3 hoje, a ação acumula uma queda de mais de 40% neste ano, e de mais de 60% nos últimos 12 meses. Para completar a má fase, ele acrescenta que a varejista apresenta uma “posição técnica bastante amassada”, com 10% das ações em circulação lastreando posições vendidas no mercado. Traduzindo: os investidores apostavam em novas quedas das ações.

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O acordo, no entanto, também embute “desafios” para o Magazine Luiza, segundo Pedro Accorsi, analista da Benndorf Research. “A integração de produtos do AliExpress pode aumentar a complexidade operacional e exigir ajustes significativos na logística e no atendimento ao cliente do Magalu”, diz.

Accorsi acrescenta que, por ser mais baratos, os produtos do e-commerce chinês “podem canibalizar os itens vendidos pela própria Magalu, que têm maior valor agregado e são bastante importantes para os resultados da empresa.”

A questão, agora, é saber se o acordo com a AliExpress, no melhor estilo “se não pode com eles, junte-se a eles”, será suficiente para reverter a desconfiança do mercado com o Magalu, ou se o salto de hoje será apenas fogo de palha.

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