Abeiva rebate artigo da ‘Forbes’ que diz que preço de importado no Brasil é ridículo
Associação das importadoras argumenta que valor do carro quase triplica graças à carga tributária; suas margens de lucro não passariam de 7,5%
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), Flavio Padovan, rebateu o artigo da revista Forbes, publicado na semana passada, que critica o alto preço dos veículos no Brasil. Segundo Padovan, um veículo hipotético importado por um preço de 100 mil reais no exterior chega ao consumidor por um valor estimado de 340 mil reais, ou seja, mais do que o triplo. Grande parte da alta, segundo ele, vem da tributação, pois sobre o modelo incidem 35% de Imposto de Importação, 3% de despesas aduaneiras, 54% de ICMS e PIS/Cofins e 55% de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
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“O jornalista que escreveu isso certamente não conhece a carga tributária que incide sobre o veículo”, disse Padovan. Dados da Abeiva apontam margens de 7,5% para as importadoras e outros 10% para as concessionárias, que não estão sendo aplicadas, de acordo com o executivo, por conta da crise das importadoras.
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Desde abril, o governo ampliou a alíquota do IPI sobre os automóveis importados em 30 pontos porcentuais e a Abeiva negocia uma cota de veículos que possam ser importados com a alíquota anterior.
No artigo da versão on-line da revista americana, assinada pelo jornalista Kennet Rapoza, a Forbes usa como exemplo um Jeep Grand Cherokee e classifica de “ridículo” o preço de 179 mil rais pago no Brasil pelo modelo, enquanto, nos Estados Unidos, o carro sai por aproximadamente 57 mil reais.
(com Agência Estado)