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A sanção milionária da Fifa à CBF pelo jogo que não aconteceu

Jogo interrompido pela Anvisa depois de jogadores argentinos furarem quarentena vai custar R$ 3,1 milhões ao Brasil e R$ 1,4 milhão para a Argentina

Por Larissa Quintino Atualizado em 14 fev 2022, 14h42 - Publicado em 14 fev 2022, 12h31

A FIFA condenou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a pagar 500 mil francos suíços, o equivalente a 2,8 milhões de reais. A multa foi aplicada como punição pelo jogo Brasil e Argentina,  suspenso após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entrar no gramado para pedir a deportação de quatro argentinos que haviam furado medidas sanitárias contra a Covid-19. Os argentinos também foram multados, mas em valores bem menores. Apesar de terem descumprido os protocolos e causados a suspensão no jogo, receberam sanção de 200 mil francos suíços, equivalentes a 1,1 milhão de reais.

A explicação da FIFA para a diferença no valor da sanção é explicada por “uma série de falhas nas respectivas responsabilidades e/ou obrigações das partes envolvidas”.  De acordo com a entidade, a multa milionária do Brasil é relacionada a “infrações na ordem de segurança”. Por ser mandante, a CBF deveria garantir a realização da partida entre as seleções. Já sobre a Argentina, a FIFA alega “não cumprimento de suas obrigações em termos de ordem e segurança, de preparação e de participação na partida”.  Ainda segundo a FIFA, há uma multa extra para cada federação, de 50 mil francos suíços (281 mil reais) pela suspensão do jogo, totalizando 3,1 milhões de reais devidos pela CBF e 1,4 milhão de reais pela AFA.

Ainda de acordo com a decisão, o jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Catar deverá ser disputado em data e local a ser definido pela Fifa. Brasil e Argentina lideram as Eliminatórias da América do Sul e já estão classificados para o Mundial, que começa em novembro.

Confusão

O jogo de 5 de setembro  foi suspenso antes dos 10 minutos do primeiro tempo após agentes da Anvisa adentrarem o gramado da Neo Química Arena, em São Paulo, para deportar quatro jogadores da seleção argentina que furaram a quarentena.

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Segunda a Agência, os jogadores Giovani Lo Celso, Emiliano Martínez, Emiliano Buendia e Christian Romero descumpriram as medidas sanitárias em vigor ao país na época. Os atletas atuavam no Reino Unido e a Anvisa exigia uma quarentena de 14 dias para passageiros que estivessem vindo de lá. Três dos quatro jogadores estavam escalados como titulares.

O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres afirmou que os quatro jogadores mentiram no relatório do viajante, exigido pela autoridade sanitária para a entrada no país durante a pandemia. “Os quatro jogadores disseram não ter passado por Reino Unido, África do Sul e Índia, mas no passaporte ficou comprovado que passaram no Reino Unido. Só constataram entre ontem à noite e hoje. Chegamos a esse ponto porque tudo aquilo que a Anvisa orientou não foi cumprido. Os jogadores tinham que ser isolados para serem deportados , entretanto não foi cumprido. Se deslocaram até o estádio e entraram em campo”, afirmou na ocasião.

Na decisão divulgada nesta segunda-feira, o Comitê Disciplinar da FIFA suspendeu os quatro jogadores por dois jogos cada “por não cumprirem com o Protocolo Internacional de Retorno ao Futebol da FIFA.”

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