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A recomendação da Presidência para Guedes segurar a língua

Relatório da Comissão de Ética Pública pede para que Guedes seja mais 'cauteloso'; documento é resposta a denúncias feitas por entidades de servidores

Por Larissa Quintino Atualizado em 23 jun 2022, 17h12 - Publicado em 23 jun 2022, 12h38

Os arroubos verbais do ministro da Economia, Paulo Guedes, lhe custaram uma chamada de atenção pública. Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República enviou uma recomendação ao ministro da EconomiaPaulo Guedes, para que tenha “maior cautela no linguajar utilizado em reuniões e/ou pronunciamentos públicos”.

Em sua recomendação, a comissão pede que Guedes seja mais “cauteloso”, ainda que essas situações sejam de “cunho restrito, em especial quando os adjetivos utilizados tiverem aptidão para gerar dúvida sobre a intenção do interlocutor ou quando o assunto tratado puder causar exposições desnecessárias”. As recomendações enviadas ao ministro foram em respostas a denúncias feitas pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), entre 2020 e 2021. 

Os apelos da entidade ocorreram em relação a momentos que o ministro criticou servidores públicos. Em uma delas, ele afirmou que os servidores são autoritários e “militantes de governos anteriores”, e em outra ocasião acusou servidores públicos de serem “parasitas” do Estado. A Fonacate também protocolou uma outra denúncia contra o ministro sobre conflitos de interesses de manutenções de offshores.

“Embora a comissão não tenha entendido pela ocorrência de ilícito administrativo, a recomendação de cautela no uso de linguajar pode ser considerada uma conquista dos servidores, visto que repetidas vezes o ministro Paulo Guedes se utiliza de expressões inadequadas ao seu cargo”, ressaltou a assessora jurídica do Fonacate, Larissa Benevides.

Para o presidente do Fonacate e da Fenaud (Federação Nacional dos Auditores de Controle Interno Público), Rudinei Marques, “em vez dessas agressões verbais ao funcionalismo, Paulo Guedes deveria se preocupar mais com a economia nacional: a inflação voltou com força, o preço da gasolina disparou, há 33 milhões de brasileiros passando fome e, nessa conjuntura desastrosa, a economia segue estagnada”. Apesar da recomendação de ser mais contido, ao que tudo indica, a disputa entre os servidores e o ministro vai seguir. Desde a tramitação do Orçamento de 2022, as carreiras buscam reajustes salarias. Foi aventado um aumento integral de 5% às carreiras, no entanto, com o Orçamento apertado e a prioridade eleitoral do presidente — com alta de combustíveis e necessidade de auxílios a mais vulneráveis –, o reajuste deve ficar como assunto para a próxima gestão.

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