Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

A percepção do mercado sobre juros após a última alta da Selic

Analistas mantiveram a projeção de 13,75% para a taxa básica de juros neste ano mesmo com a sinalização do BC que ainda há espaço para mais ajuste

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 ago 2022, 18h44 - Publicado em 8 ago 2022, 09h28

O Banco Central deixou aberta a porta para mais um ajuste na taxa básica de juros, a Selic, recentemente elevada em meio ponto, para 13,75%, a 12ª alta consecutiva do ciclo contracionista para conter a inflação. Apesar do recado claro no comunicado, o mercado financeiro vê que o espaço para esse ajuste adicional possa ter acabado. Segundo as projeções compiladas pelo próprio BC e divulgadas no Boletim Focus nesta segunda-feira, 8, os analistas projetam que a Selic encerre o ano a 13,75%. No próximo ano, a projeção é da taxa um pouco menor, mas ainda em dois dígitos, em 11%, também a mesma projeção da semana passada, antes do anúncio feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A visão sobre a manutenção do patamar de juros vem de encontro com a trajetória da inflação para este ano. O mercado estima desaceleração nos preços, vindo na esteira dos últimos resultados da inflação e da diminuição do preço dos combustíveis, como mostra reportagem de VEJA desta semana. Os analistas projetam o IPCA deste ano a 7,11%, sexta semana consecutiva de revisão para baixo. Para o próximo ano, no entanto, a estimativa continua a acelerar: foi de 5,33% na semana passada para 5,36% nesta semana, sinalizando mais um ano de estouro na meta de inflação.

É justamente pela pressão inflacionária para o próximo ano, alinhada ao risco fiscal como a prorrogação do bônus do Auxílio Brasil, que o Copom fala em possibilidade de mais um ajuste adicional. Além desse risco, medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para conter a inflação durante 2022, ano que o presidente disputa a reeleição, podem ter reflexo no próximo ano. Isso pode ser visto nas projeções dos preços administrados, como combustíveis, plano de saúde, medicamentos e impostos. Se, para este ano, a projeção é de uma deflação de 0,92% nesses preços, para o próximo ano é de inflação de 7,1%. Segundo André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas, 25% da inflação vem dos preços administrados e essa projeção alta ajuda a explicar o porquê a meta do ano que vem pode não ser cumprida.

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.