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Por Renata Firpo
Grandes negócios e tendências do mercado imobiliário. Renata Firpo é publicitária, consultora imobiliária e advogada pós-graduada em Direito imobiliário
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Quando os financiamentos ficarão mais baratos com a nova Selic?

A recente decisão do Copom foi amplamente comemorada pelo mercado imobiliário

Por Renata Firpo
Atualizado em 10 ago 2023, 11h26 - Publicado em 10 ago 2023, 09h30

O mês de agosto começou levando uma pontinha de esperança para quem pensa em comprar um imóvel financiado. Depois de muitas especulações e atritos entre o governo e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, foi reduzida em 0,50 ponto percentual (p.p.), passando assim de 13,75% ao ano, para 13,25%. Um passo pequeno à primeira vista, mas de grande importância, visto que é o primeiro corte desde agosto de 2020. Um dos setores que mais comemoraram foi o do mercado imobiliário. A sensação é a de que o início de um ciclo de quedas vai acabar com o longo inverno provocado pela fase dos juros nas alturas, que congelou a cadeia de negócios, de vendas financiadas a projetos novos de empreendimentos.

A redução da Selic deve gerar a médio e longo prazo um ciclo virtuoso. As incorporadoras que investem no desenvolvimento de novos empreendimentos precisam de aporte financeiro para a compra de terreno e dependem, muitas vezes, de empréstimos para alavancar esses novos projetos. Com juros menores, o apetite pelo risco deve ser retomado. As construtoras, por sua vez, esperam ansiosamente pelas reduções dos insumos das obras. Para quem vende os imóveis, já cresce a expectativa de retomada em ritmo forte de clientes interessados.

Os especialistas apostavam em uma queda até menor na Selic, com base na postura conservadora do Banco Central e de alguns sinais nebulosos no cenário econômico. Diante da agradável surpresa de uma redução maior que o esperado, o mercado começou a projetar um ciclo de baixas que pode levar a Selic a 9% até o final de 2024. Mas enquanto essas projeções otimistas não se concretizam, temos que olhar o presente para planejar as ações do futuro — e o que temos hoje é essa redução de meio ponto percentual.

A taxa básica de juros é a principal ferramenta que o Banco Central utiliza para controlar a inflação, influenciando as demais taxas no mercado. Com essa queda, os diferentes tipos de crédito que os brasileiros utilizam devem ser afetados. Com o financiamento de imóveis não será diferente. A boa notícia: sim, ele deve ficar mais barato. A má notícia: o impacto será a médio prazo. Em menos de seis meses as taxas de financiamento imobiliário já devem começar a sofrer variações, pois, juntamente como financiamento de veículo, são as taxas com garantias mais fortes, então ambas tem essa resposta que é, de certa forma, até mais rápida na economia.

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À medida que o país for evoluindo nessa redução sucessiva de taxas de juros, ficará claro que estamos caminhando para um ambiente mais estável e seguro para que sejam feitos investimentos a longo prazo, como é a natureza dos financiamentos de imóveis, que podem chegar até 35 anos de contrato. Ainda é cedo para apostar nas quedas percentuais nos contratos de financiamento e quando começarão a entrar no mercado, então a dica é acompanhar as notícias.

Para quem fez um financiamento recentemente e está receoso que a taxa dos contratos diminua e possa ter se antecipado na decisão e tenha prejuízo, cabe usar do artificio da negociação com a instituição bancária onde adquiriu o crédito.  Assim que tiver notícia que as taxas do crédito imobiliário reduziram, vale a pena ligar para o banco e negociar diante dessa nova realidade e, caso não consiga, vale pesquisar o mercado para tentar a portabilidade do contrato para um outro banco que consiga operar em taxas mais atrativas para o contratante.  A portabilidade foi uma grande ferramenta criada pelo Banco Central em 2013 que ajudou os consumidores a não ficarem reféns de contratos onerosos celebrados no passado, possibilitando aproveitar as ofertas da economia.

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