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A ‘solução final’ para a Petrobras, segundo o novo presidente da estatal

Embora reconheça que existam alternativas para estabilização dos preços sem necessidade de intervenção, Adriano Pires defendeu medida amarga para companhia

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 mar 2022, 09h15 - Publicado em 28 mar 2022, 20h49

Confirmado nesta segunda pelo Ministério de Minas e Energia, o novo presidente da Petrobras, Adriano Pires, se manifestou recentemente sobre qual seria a forma de resolver, de forma definitiva, os problemas da estatal.

Embora tenha reconhecido que, atualmente, existam alternativas para a estabilização dos preços sem necessidade de intervenção na companhia, Pires defendeu que a “solução final” é a privatização. O texto foi publicado em outubro no site “Poder360”, alguns meses antes de outro artigo no qual o economista criticava “propostas populistas” na empresa.

Ao defender a concessão da Petrobras para a iniciativa privada, Pires rechaça o argumento de que o Brasil, por ser autossuficiente na produção de petróleo, deveria ajustar o preço dos derivados levando em consideração os custos e não a paridade internacional. Segundo ele, o petróleo é uma commodity, com preços determinados pelo mercado internacional — e países que não seguem a regra acabam como a Venezuela, “que destruiu sua indústria de petróleo, bem como sua empresa PDVZA”.

“A solução definitiva só virá com a privatização da Petrobras. Enquanto a empresa for de economia mista, tendo o Estado como controlador, os seus benefícios corporativos e as práticas monopolistas serão mantidos a favor da corporação e, muitas das vezes, contra os interesses do Brasil”, diz no artigo o novo presidente da estatal.

A decisão de retirar o general Joaquim Silva e Luna, no comando da Petrobras há menos de um ano, foi motivada pelos sucessivos aumentos no valor dos combustíveis, o que provocou críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro.

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