Taurus deixa Glock e CZ para trás e se torna a mais importada nos EUA
Fabricante de armas gaúcha já conta com pedidos em carteira de mais de 1,5 milhão de armas; pelo menos 70 produtos serão lançados este ano

O presidente da Taurus, Salesio Nuhs, está soltando os rojões. A fabricante de armas com sede em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, passou por um processo de reestruturação nos últimos anos. Com controle rígido do endividamento e foco na produtividade, a empresa cresceu e se tornou protagonista no mercado americano. Quarta companhia com maior número de vendas nos Estados Unidos, a Taurus é também a estrangeira com maior penetração no mercado americano, onde produz e importa parte das armas. A brasileira supera, com isso, rivais de grande porte como a austríaca Glock e a tcheca CZ. “Nós somos a primeira opção na cabeça dos americanos quando se trata de uma marca não americana”, diz Nuhs. A empresa já conta com pedidos em carteira de mais de 1,5 milhão de armas, sendo que 90% dessa demanda é proveniente dos EUA.
Para aproveitar o bom momento, a empresa quer chegar com novos modelos de armas. Segundo o executivo, serão ao menos 70 produtos lançados este ano. “Realmente, a companhia está numa fase muito boa, não só em termos de qualidade e de produtividade, mas de lançamento de produtos, e isso fez com que a gente estourasse em relação às vendas”, afirma ele. Reflexo da receita em dólar, moeda que disparou em relação ao real, nos nove primeiros meses de 2020, a empresa obteve receita operacional líquida recorde, de 1,2 bilhão de reais, alta de 66,8% em relação ao ano anterior. O volume de vendas, no mesmo período, foi de 1,29 milhão de unidades, avanço de 28,4% na mesma base de comparação.
Em 2020, a Taurus firmou duas joint ventures, as quais Nuhs comemora, já que não envolveram investimentos expressivos por parte da companhia. “Não aportamos dinheiro, o que, para uma companhia em processo de reestruturação, é muito importante”, afirma. Uma delas é com a Joalmi Indústria Metalúrgica, que atua no setor automotivo, para a fabricação de acessórios, carregadores e outros componentes. A operação já foi iniciada. Também houve acordo semelhante com o grupo indiano Jindal, para a produção de armas no país asiático. “É um projeto do governo indiano. Ao contrário do Brasil, para atuar no país é preciso se associar a uma empresa privada local. No caso, a empresa indiana fica com 51% do capital da joint venture e nós com 49%. Eu entro com tecnologia e o meu parceiro com o dinheiro. O governo indiano quer tecnologia na área de defesa nacional”, completa o executivo.
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