Preço da carne deve subir com diminuição da produção nos EUA, diz JBS
VEJA Mercado: em teleconferência com investidores, executivos afirmam que a demanda internacional, sobretudo da Ásia, deve suportar a operação
O CEO da JBS nos Estados Unidos, André Nogueira, afirmou, em conferência com investidores, que a demanda internacional por proteína permite que a empresa continue a repassar o aumento de custos mesmo em um cenário de aceleração da inflação a níveis globais. Com uma consequência. Segundo ele, a redução de produção de gado nos Estados Unidos deve provocar o aumento dos preços em âmbito global. “A demanda internacional vai continuar muito forte, principalmente na Ásia, e nada indica que isso vai mudar. Devemos ter um pouco menos de gado em 2022 nos EUA, cerca de 1% ou 2%, nada brutalmente relevante, mas que deve impactar o preço futuro, que já apresenta um aumento”, disse o executivo.
Já sobre o embargo chinês às exportações brasileiras em função dos casos atípicos de vaca louca no país, que traz, sem dúvida alguma, impactos para a operação nacional do grupo, que representa 25% do faturamento global da JBS, os executivos acreditam que esses impactos devem ser compensados por outros mercados. “A gente consegue observar a relevância do mercado brasileiro para manter a rentabilidade, apesar do imenso desafio. A plataforma global da companhia permite que, quando temos problemas em um país, eles possam ser compensados por outros lugares”, diz Wesley Batista Filho, CEO da empresa na América do Sul.