O recuo do petróleo e a deflação em semana de tumulto político
Combustível foi negociado na menor cotação desde janeiro e índice de preços registra segunda deflação mensal seguida
VEJA Mercado | Fechamento da semana | 05/09 a 09/09
Apesar da tensão ocasionada pelo adiamento na reabertura do gasoduto Nord Stream pelos russos, ocorrido no último fim de semana, o petróleo apresentou quedas expressivas nesta semana. Na quarta-feira, o petróleo tipo Brent chegou a ser negociado abaixo dos 87 dólares o barril, o que não acontecia desde janeiro. Entretanto, parte da queda já foi recuperada, como o ativo cotado a mais de 92 dólares o barril na sexta-feira – o preço mais alto na semana foi de 96 dólares. A cotação atual abre mais espaço para reduções nos preços praticados pela Petrobras, como é estimado por analistas.
Outra queda observada nesta semana ocorreu no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, que apresentou uma deflação de 0,36%, em linha com a previsão do mercado. Trata-se do segundo mês consecutivo com registro de deflação. A gasolina comercializada no Brasil desabou 11%, puxando o índice. O presidente Jair Bolsonaro também deu o que falar nesta semana, com as manifestações de quarta-feira, 7, que não abalaram a bolsa, mantendo a tensão na esfera política. A promessa do presidente de um bônus de 200 reais por mês a beneficiários do Auxílio Brasil que conseguirem um emprego também causou rebuliço, com preocupação fiscal por parte do mercado.
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