O consultor ‘não remunerado’ que virou pivô de desgaste de Josué na Fiesp
Prestador de serviço que era pago 'do bolso' por presidente da entidade é apontado por opositores como exemplo de falta de comando na instituição
Uma das críticas de opositores insatisfeitos em relação à gestão de Josué Gomes da Silva na presidência da poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp, recai sobre a sua ‘ausência’ e falta de pulso no cargo. Um empresário aponta como exemplo que o presidente da entidade trouxe o jornalista Antônio Machado para ser seu consultor direto. Sem nenhum vínculo de trabalho com a entidade, Machado ganhou um espaço na sede da Fiesp, em São Paulo, onde costumava dar expediente. Mas, com o passar do tempo, o consultor começou a dar “dor de cabeça” para Josué e foi demitido — o presidente da Fiesp era quem arcava com seu salário.
“O cara estava dando ordens em todo mundo na sede da Fiesp, como se fosse executivo. Isso é um exemplo da ausência de uma liderança na Fiesp”, afirma esse empresário. Outro, que fala em defesa do atual presidente da Fiesp, corrobora a situação, mas diz que Machado foi desligado há meses: “Esse cara só fez besteira e ajudou muito a queimar o filme do Josué”. Como reportagem de VEJA mostrou, o presidente da Fiesp enfrenta um desgaste junto a empresários do chamado ‘baixo clero’ da entidade, mas obtém apoio dos setores ‘fortes’ dentro da indústria. Uma assembleia a ser realizada no próximo dia 16 pode dar abertura a seu processo de impeachment.
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