Nova pesquisa traz divisor de águas e vantagem para Lula, segundo mercado
VEJA Mercado: leitura é de que o índice de abstenção pode decidir a disputa presidencial
A pesquisa Datafolha divulgada na noite de quinta-feira, 18, mostrou que a diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno diminuiu para 15 pontos porcentuais, uma redução de 3 pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior. Para alguns analistas do mercado financeiro, contudo, existe um fator de difícil captação pelas pesquisas e que pode beneficiar o candidato petista: a abstenção. “Temos chamado a atenção para o nível de abstenção, cuja captação é muito difícil e avaliamos que será o grande divisor de águas dessa eleição”, escrevem os analistas da Ativa Investimentos. “Supondo que os decididos entre Lula e Bolsonaro tenham o mesmo grau de propensão a ir às urnas e supondo um nível médio de abstenção ao redor de 35%, praticamente não sobra ninguém além dos ‘fiéis’ dos candidatos, o que daria uma vantagem a Lula”, pontuam. “Para que Bolsonaro reverta tais números, efetivamente, é necessário que, além da polarização, haja uma ação para as pessoas irem votar”, concluem.
Nos mercados, as bolsas europeias e os futuros americanos negociam em baixa na manhã desta sexta-feira, 19, depois de alguns membros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) frearem o otimismo nas bolsas por uma redução no ciclo de alta de juros. Para eles, a inflação ainda não se mostra um problema resolvido e os remédios para combatê-la podem levar a economia americana a uma recessão. Esse risco de contração no PIB americano fez o preço do petróleo tipo brent recuar 2% nesta manhã, para 94 dólares o barril.