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Cresce procura de brasileiros por fundos em Portugal com direito a visto

A alta é de 45% sobre todo o ano de 2022 em fundos que dão direito ao Golden Visa

Por Pedro Gil Atualizado em 9 Maio 2024, 15h01 - Publicado em 7 Maio 2024, 11h07

Os últimos dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), órgão imigratório de Portugal que recentemente foi substituído pela AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo), mostra que entre janeiro e setembro do ano passado, o país recebeu 125 milhões de euros em fundos de investimento e de capitais de risco por investidores estrangeiros com o objetivo de obterem Autorizações de Residência para Investimento (ARI), o chamado Golden Visa.

A alta é de 45% sobre todo o ano de 2022 em fundos que dão direito ao Golden Visa; e 2,6 vezes mais que os recursos aplicados para o mesmo fim em 2019, 2020 e 2021 somados. Os brasileiros são os segundo que mais investiram no programa ARI, desde 2012, perdendo apenas para os chineses.

A entidade gestora portuguesa Heed Capital viu o número de investidores interessados aumentar em quase três vezes no início deste ano quando comparado ao final do ano passado. ” Os brasileiros que investem nos fundos elegíveis ao Golden Visa procuram viver em um país com mais segurança, facilidade em transitar pela Europa e diversificar suas aplicações”, afirma Gustavo Caiuby, sócio diretor da Heed Capital.

Ele explica que existem dois tipos de aplicações disponíveis para o interessado no Golden Visa. “O investidor pode optar por fundos multimercados ou Fundos de Investimento em Participação. Para que um fundo seja elegível, as principais exigências são que eles tenham, no mínimo, 60% do seu patrimônio investido em empresas portuguesas, a maturidade seja mais longa do que cinco anos e que os ativos do fundo não tenham exposição direta ou indireta ao setor imobiliário. Além da diversificação do investimento, com um “bônus” associado a ele, o investidor também investe em moeda forte e dilui a carteira em risco Brasil”, diz.

Dos quase 2 bilhões de reais sob gestão e consultoria, a Heed administra cerca de 126 milhões de reais de investidores brasileiros que aplicaram para obtenção do Golden Visa. Desde o início do programa, em 2012, dados da SEF mostram que os brasileiros foram responsáveis por 473 milhões de reais – 86 milhões de euros – em investimentos em troca de vistos de residência.

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O aumento deste tipo de investimento via fundos está relacionado à decisão do governo português de cancelar a obtenção do visto mediante compra de imóveis. Devido ao aumento na procura por residências no país, o preço dos imóveis e alugueis registrou em janeiro a maior alta em três décadas.

Antes era possível obter o visto mediante compra de imóvel no valor de 500 mil euros, agora, o mesmo valor pode ser usado, mas em aplicações em fundos de investimento elegíveis.

Também é possível aplicar para o Golden Visa mediante outras três vias de investimento para além dos fundos: criação de postos de trabalho, doação ou investimento cultural, ou investimento em investigação científica. No entanto, a procura por estas outras alternativas não são tão populares.

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