Bolsa fecha em alta de olho nas ações que tombaram na semana; dólar cai
VEJA Mercado: calmaria nas notícias nacionais e discordâncias entre os membros do Fed acerca da manutenção dos estímulos nos EUA trazem alívio ao mercado
VEJA Mercado fechamento, 20 de agosto.
Ainda que o avanço não seja ao ritmo das recentes quedas, o Ibovespa seguiu seu caminho de recuperação no pregão de hoje. Pelo segundo dia consecutivo, o índice fechou em alta. Hoje, de 0,76%, a 118.052 pontos. Diante das incertezas no cenário internacional, os analistas destacam, mais uma vez, os papéis diretamente relacionados à reabertura local da economia, como o setor de rodovias. Ecorodovias e CCR fecharam em altas de 4,53% e 3,59%, respectivamente. Os papéis ligados ao turismo, que ainda penam no acumulado de agosto, também esboçaram reação, sobretudo pela oportunidade que se abriu após uma desvalorização tão grande. CVC, Gol e Azul avançaram 3,19%, 2,88% e 2,67%, respectivamente. Para se ter uma ideia, as ações da CVC ainda apresentam um recuo de 11,61% somente no mês de agosto.
A maior alta do dia ficou por conta da Sabesp — 10,86% –, após Rodrigo Maia, novo secretário de Doria, apontar a privatização da companhia como uma de suas prioridades. “No geral, as compras se tornaram atrativas diante de um cenário de escassez de notícias e papéis muito desvalorizados em relação ao seu real preço”, diz Cristiane Fensterseifer, analista da Empiricus.
Nos Estados Unidos, a sinalização mais moderada de Robert Kaplan, presidente da unidade de Dallas do Fed, o banco central americano, à retirada dos estímulos na economia do país trouxe algum alívio aos investidores. O dirigente comentou que a escalada no número de casos de coronavírus pode alterar seus planos. “Manterei minha mente aberta sobre isso e observarei se a delta está tendo um impacto mais negativo a ponto de eu ter que ajustar minhas visões”, disse em entrevista à Fox Business. Na última quarta-feira, 18, a ata de uma reunião do banco indicou que a economia havia se adaptado à pandemia e que os estímulos poderiam ser reduzidos a partir de outubro. Em outras palavras, os dirigentes da instituição ainda não chegaram a um denominador comum para a mudança da atual política. O dólar fechou em queda de 0,70%, a 5,385 reais.