Bolsa diminui ritmo de alta após lockdown na Europa e Fed
VEJA Mercado: fatiamento da PEC dos Precatórios melhora humor dos investidores no Brasil, mas "tapering" antes da hora e lockdown na Áustria preocupam
VEJA Mercado | Fechamento | 19 de novembro.
O Ibovespa subiu, mas poderia ter sido melhor. Após avançar quase 2% ao longo do dia, o índice fechou a sexta-feira em alta de 0,59%, a 103.035 pontos. Segundo os analistas, os investidores frearam o ritmo de alta após dois fatores externos que afetaram as bolsas internacionais: Fed e lockdown na Áustria. Christopher Waller, diretor da autoridade financeira americana, afirmou que a recuperação econômica mais rápida dos Estados Unidos aliada à inflação cada vez mais alta podem levar o Fed a acelerar o “tapering“, e retirar de forma mais agressiva os estímulos da economia a partir de dezembro. Já a Áustria decretou lockdown total no país por 10 dias em função do aumento do contágio pela Covid-19. O Dow Jones e o FTSE 100, a bolsa de Londres, fecharam em quedas de 0,75% e 0,45%, respectivamente.
Por aqui, o eventual fatiamento da PEC dos Precatórios que adiantaria o primeiro pagamento do Auxílio Brasil para antes do Natal melhorou o humor dos investidores, e por isso o Ibovespa subiu. “Tivemos uma semana em que o risco da PEC foi bastante precificado nas empresas, mas fechamos a sexta-feira com a possibilidade de que os pontos mais importantes sejam logo aprovados, e as possíveis discordância sejam discutidas posteriormente”, avalia Mauro Orefice, diretor de investimentos da BS2 Asset. Cyrela e Magazine Luiza fecharam em altas de 4,1% e 3,3%, respectivamente. As altas das mineradoras e siderúrgicas também sustentaram o Ibovespa no azul. O minério de ferro subiu 2,5% em Dalian, a 84 dólares, e empresas como CSN e Vale avançaram 7,9% e 2,9%, respectivamente.
O destaque negativo do dia ficou por conta das petroleiras, impactadas pelo mau humor do mercado internacional e pela pressão do presidente Joe Biden em cima do preço da gasolina. O petróleo tipo brent recuou 3,4%, e empresas como Petrorio e Petrobras fecharam em quedas de 2,6% e 1,7%, respectivamente.