Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Radar Econômico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Pedro Gil (interino)
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

A explicação não tão positiva para a ‘ótima’ balança comercial de 2023

Presidente da AEB aponta fortalecimento contínuo das contas externas, mas não pelo melhor meio

Por Felipe Erlich 3 jan 2024, 10h14

Em seu último relatório semanal sobre a balança comercial brasileira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apontava para um superávit de quase 96 bilhões de dólares em 2023, o que representaria um crescimento de quase 60% frente ao ano anterior. O resultado é apontado por analistas como algo que corrobora para um processo de fortalecimento da economia do país no mundo. No entanto, vale se atentar para os motivos que explicam o resultado. “Trata-se de um ótimo resultado, mas que não surgiu por razões puramente positivas. Surgiu por uma queda nas importações, não por um aumento expressivo das exportações”, diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Segundo projeções da associação, o resultado final da balança será de um superávit entre 96 bilhões e 97 bilhões de dólares para 2023. “São poucos os países que têm um resultado tão positivo”, diz de Castro. Segundo o presidente da AEB, a queda nas importações se deve especialmente ao câmbio relativamente fraco e ao fato de que, simultaneamente, o Brasil não registrou um crescimento econômico grande ao ponto de justificar um aumento das compras vindas do exterior. A tendência é pela continuidade do observado em 2023. Seria necessário um “problema político-econômico muito grande” para mudar o rumo, segundo o especialista. Além disso, de Castro pontua que a reforma tributária aprovada ao final do ano passado deve impulsionar o investimento e a geração de valor no país, de modo a aumentar as exportações.

O ano de 2023 foi repleto de variáveis que não estavam no radar de analistas, a exemplo a baixa atividade econômica da China, lembra de Castro. “Sabemos que algo vai acontecer em 2024, mas não sabemos o quê, quando e quanto (qual será o impacto econômico)”, diz. O especialista acredita que 2024 seja muito semelhante ao ano passado em termos de resultados, apenas com uma pequena queda de 3% no superávit comercial. Espera-se também que o minério de ferro tenha uma pequena queda em valor e quantidade transacionados. “Mas hoje o mundo está parado e estamos esperando para ver”, diz.

Siga o Radar Econômico no Twitter

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.