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Negócios, Mercados & Cia
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A quebra do SVB nos EUA: o que fica para os bancos brasileiros

Banqueiros destacam que o Brasil impõe regras mais rígidas no mercado financeiro; ainda assim, é importante não perder de vista ‘o controle de riscos’

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 mar 2023, 09h00

O anúncio de falência e posterior intervenção no Silicon Valley Bank (SVB), que tinha foco principalmente no financiamento de startups nos Estados Unidos, alimentou os temores de uma nova crise bancária como a de 2008. Mas a rápida intervenção do governo americano parece ter levado calma ao mercado (bem, pelo menos até agora). Olhando para seus efeitos aqui no Brasil, não se tem notícia de alguma instituição com forte exposição ao SVB, e as regras de regulação do sistema financeiro nacional são reconhecidamente mais apertadas do que na média dos países desenvolvidos. Temos alguma coisa a aprender com o que aconteceu nos EUA?

Segundo banqueiros ouvidos pela coluna, os bancos americanos podem fazer operações relacionadas à chamada “hold to maturity”, expressão que em tradução livre significa “segurar até a maturidade”. Na prática do mercado financeiro, representa um investimento até o seu vencimento. “Aqui no Brasil, isso não existe. O sistema brasileiro do Banco Central é melhor do que o dos americanos”, afirma um banqueiro. Mas outro faz o seguinte alerta: “Não dá para ter ativo prefixado com depósitos e passivos no qual se paga Selic”. Outro executivo do mercado chama a atenção para a necessidade de as instituições – digitais ou não – estarem preparadas no “controle de risco”. “Hoje, quase ninguém vai a um banco. Tudo é digital, é muito mais rápido para fazer o resgate de algum investimento”, afirma ele.  A seguir, alguns itens que fazem parte do dia a dia no controle de risco dos bancos, em especial os digitais, e que podem ser extraídos em função do caso do SVB:

Regulamentação: a falência do SVB destacou a importância da regulamentação para os bancos digitais. O Banco Central do Brasil, por exemplo, vem implementando regras e exigências para garantir a estabilidade do mercado e proteger os consumidores;

Gestão de riscos: a gestão de riscos é essencial para qualquer instituição financeira, incluindo bancos digitais. Os bancos digitais precisam avaliar cuidadosamente seus riscos e garantir que tenham políticas e procedimentos adequados para gerenciá-los;

Diversificação de produtos e serviços: s bancos digitais podem considerar a diversificação de seus produtos e serviços para reduzir sua dependência de fontes únicas de receita. Isso pode incluir a oferta de serviços de investimento, seguros, empréstimos e outros produtos financeiros;

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Controle de custos: os bancos digitais precisam manter seus custos sob controle para serem competitivos e garantir sua viabilidade financeira. Isso inclui gerenciamento de custos de tecnologia, pessoal e infraestrutura;

A importância da confiança do cliente: a falência do SVB pode ser vista como uma perda de confiança do cliente. Os bancos digitais precisam trabalhar continuamente para ganhar e manter a confiança de seus clientes, oferecendo segurança, transparência e uma boa experiência do usuário; 

Análise de dados: os bancos digitais têm acesso a uma quantidade significativa de dados sobre seus clientes e transações. É importante que eles usem essa informação de forma eficaz para melhorar seus produtos e serviços, além de identificar riscos e oportunidades;

Preparação para eventos adversos: os bancos digitais devem estar preparados para eventos adversos, como crises financeiras, mudanças regulatórias e desaceleração econômica. É importante que eles tenham planos de contingência robustos e sejam capazes de se adaptar rapidamente a novas circunstâncias.

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