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Maia rebate bispos e diz que reforma da Previdência protege pobres

Presidente da Câmara mostra preocupação com decisão da CNBB de levar às missas o combate à proposta, que, segundo a entidade, opta pela ‘exclusão social’

Por Da Redação
Atualizado em 9 abr 2017, 17h52 - Publicado em 9 abr 2017, 17h47

Diante da ameaça da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de levar às missas a pregação contra a reforma da Previdência, baseada na “exclusão social”, segundo a entidade católica, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), emitiu nota neste domingo para dizer que é o contrário: caso ela não seja aprovada, “são exatamente os mais pobres que serão prejudicados”.

Na nota, intitulada “Resposta à CNBB”, o deputado afirma que “a proposta em discussão na Câmara dos Deputados vai trazer igualdade ao sistema como um todo”. “Tanto quanto a CNBB, a Câmara também está preocupada em preservar os direitos dos mais necessitados. A reforma vai acabar com privilégios, e todos se igualam. Inclusive com tetos de aposentadoria que acabam com ganhos milionários”, afirma o parlamentar.

De acordo com ele, a reforma é positiva porque “políticos e servidores públicos agora terão todos as mesmas regras”. “Aliás, sem a reforma, são exatamente os mais pobres que serão prejudicados. Haverá aumento da inflação, desemprego e crescimento negativo do país”, diz em trecho da nota.

A declaração da CBNBB se posicionando contra a reforma foi tirada no final de março após uma reunião de três dias dos bispos e foi assinada pelo arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha, presidente da entidade, ao lado de dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e vice-presidente, e dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral.

O texto diz que, “buscando diminuir gastos previdenciários, a PEC 287/16 [da reforma] ‘soluciona o problema’ excluindo da proteção social os que têm direito a benefícios” e critica a idade única de 65 anos para homens e mulheres, do campo ou da cidade, e o fim da aposentadoria especial para trabalhadores rurais, indígenas e quilombolas, entre outros pontos. A [reforma] escolhe o caminho da exclusão social”, diz.

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O governo Michel Temer (PMDB) tem enfrentado resistência para manter o projeto original que enviou à Câmara – tanto que na semana passada o presidente autorizou o relator da reforma, Arthur Maia (PPS-BA), a negociar cinco pontos da reforma.

A tramitação do projeto enfrenta a resistência de muitos aliados, inclusive políticos como o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, que tem demonstrado claramente a sua insatisfação com a reforma e tentado atrair mais aliados à sua cruzada contra a proposta de Temer – daí a preocupação de Maia em rebater a CNBB.

“[Bispos] Convocam os cristãos e pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados”, diz o texto da CNBB.

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O presidente da Câmara rebate. “O deputado Arthur Maia está fechando seu relatório atento para não desfigurar aspectos econômicos, que vão permitir os grandes avanços sociais que o Brasil tanto precisa, mas amparando os mais fracos, e esse é o nosso dever”, escreveu Maia na nota.

 

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