Só se fala em custo eleição, mas o Fed está abalando o mercado
VEJA Mercado: bolsas mundiais operam em queda repercutindo ata do Fed e quedas dos preços do petróleo e minério de ferro
VEJA Mercado abertura, 19 de agosto.
Só se fala em custo eleição e risco fiscal, mas as notícias da ata do Federal Reserve, o banco central americano, foram as que mais abalaram o mercado brasileiro ontem e seguem abalando as bolsas internacionais. Todas as bolsas mais importantes caem nesta manhã repercutindo a ata do Fed, que mostrou indícios de que os estímulos vão acabar ainda neste ano. Na visão do mercado, isso significa juros mais altos nos Estados Unidos e juros mais altos por lá significam menos dólares indo para outros países. As taxas dos juros prefixados no Brasil chegaram a ultrapassar os 11% ao fim das negociações ontem. O dólar bateu 5,37.
O clima, claro, piora com a questão fiscal brasileira. Ontem, um grupo de analistas foi ao Banco Central mostrar sua preocupação com a gastança fora do teto e o medo com a inflação. A PEC dos precatórios e o novo Bolsa Família acenderam o alerta no mercado. Um secretário da equipe de Paulo Guedes, Ariosto Culau, disse na comissão do Orçamento no Congresso, ontem, que se a PEC que parcela o pagamento dos precatórios não for aprovada, não vai ter dinheiro nem para comprar a terceira dose da vacina.
Nas notícias mais relevantes que podem afetar ações de empresas específicas, destaque para as quedas fortes dos preços do petróleo e minério de ferro. Destaque ainda para a Vale. O Ministério Público de Minas Gerais pediu o arresto de 50 bilhões de reais em bens da Vale e BHP por conta da tragédia de Mariana, causada pela Samarco e que está em recuperação judicial.