Juros mais altos nos EUA? Ainda não. Fed tranquiliza mercado e bolsa sobe
VEJA Mercado: Petrobras e Vale sustentaram alta do Ibovespa; dólar cai
VEJA Mercado | Fechamento | 27 de agosto.
O discurso foi positivo. A bolsa reagiu bem ao que disse Jerome Powell, presidente do banco central americano — o Fed. Ao afirmar que o programa de estímulos será reduzido até o final do ano, mas que a inflação é transitória e os juros serão mantidos nos atuais níveis, Powell deu sinal verde para os investidores buscarem melhores rendimentos em outros países. Diante disso, o Brasil é beneficiado. “O fim dos estímulos é uma coisa e aumento de juros é outra. Powell conseguiu fazer uma desconexão entre os dois fatos, essa era a preocupação dos mercados”, afirma Rodrigo Knudsen, gestor da Vitreo Investimentos. O Ibovespa fechou em alta de 1,65%, a 120.677 pontos.
O dólar fechou em queda de 1,17%, a 5,19 reais. “Os juros vão continuar pouco atrativos nos EUA. A tendência é que esse dinheiro vá para os países emergentes, mas é cedo para apostar firmemente na recuperação do real frente ao dólar em função do risco fiscal e político do Brasil”, afirma Eduardo Perez, analista de investimentos do Nu Invest.
As commodities ditaram o ritmo do índice nesta sexta-feira. Petrobras e Vale subiram 3,64% e 2,50%, respectivamente. A semana foi de recuperação do minério de ferro na China — a cotação subiu mais de 12% no período. O petróleo também segue subindo, assim como o preço da gasolina no Brasil — só hoje, o contrato futuro do petróleo tipo Brent subiu 2,02%. Os dividendos da Usiminas fizeram os papéis da companhia valorizarem 6,81%, já a compra da fintech americana USEND pelo Banco Inter fez a ação do banco subir 7,06% no dia. Poucas companhias recuaram hoje. Americanas e Yduqs tiveram as maiores quedas do pregão, caindo 2,71% e 1,97%, respectivamente.