EUA sinalizam com manutenção dos estímulos e dólar recua
VEJA Mercado: Bolsa registra nova alta com sinalização do Fed
VEJA Mercado fechamento, 14 de julho.
Depois de um dia de forte volatilidade nas bolsas, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o banco central americano, decidiu tentar acalmar os mercados. Em pronunciamento, ele declarou que a política monetária dos Estados Unidos oferecerá “apoio poderoso” até que “a recuperação fiscal esteja completa”. Powell disse ainda que o Fed está pronto para conter a inflação se for preciso, mas que acredita que a inflação é um tema passageiro para os americanos e que a continuidade dos estímulos tem como intuito a geração de emprego no país. Ou seja, o mercado financeiro manterá a liquidez, o que é bom para o Brasil. Com mais entrada de capital estrangeiro no país, a alta do dólar tende a arrefecer. Hoje, a moeda americana recuou 1,81%, negociada em 5,086 reais, o menor patamar de fechamento desde o início do mês.
O Ibovespa, por sua vez, viveu novo dia de montanha-russa. A fala de Powell animou os investidores, levando a bolsa de valores brasileira aos 129.619 pontos, mas o mercado logo perdeu o fôlego e encerrou o pregão com uma alta tímida: 0,19%, a 128.4o6 pontos. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones operou em alta de 0,13%, mas Nasdaq e S&P 500 recuaram. “Há um fluxo de investidores estrangeiros entrando no país, o que tem ajudado a recuar o dólar e jogar a bolsa para cima. Com isso, há também um arrefecimento na probabilidade de alta dos juros no país”, diz o economista Pablo Spyer, sócio da XP Investimentos. Com a prévia do PIB, medido pelo indicador IBC-Br, abaixo das expectativas de mercado (queda de 0,43% em maio ante abril), a precificação da curva de juros futuros recuou, o que significa que os economistas não acreditam em uma alta além de 1 ponto percentual na taxa básica de juros nas próximas reuniões do Copom (o Comitê de Política Monetária do Banco Central).
Hoje, a maior alta do Ibovespa veio da Braskem, que subiu 4,62% com a expectativa de bons resultados no balanço sobre o segundo trimestre de 2021. A petroquímica foi seguida pela Hering, que avançou 3,81% em meio às especulações sobre a venda da empresa para o grupo Soma. A Localiza, que negocia fusão com a Unidas, registrou a terceira maior alta: 3,64%. Na ponta contrária da tabela, as siderúrgicas foram um peso para o Ibovespa. A CSN (-3,98%) e a Usiminas (-3,46%) registraram as maiores perdas do pregão, seguidas da farmacêutica Hypera (-2,94%), que devolveu parte dos ganhos obtidos na sessão anterior.