Bolsas têm dia de ‘zero a zero’ enquanto dólar volta a ultrapassar R$ 5,20
VEJA Mercado: mercado de ações não decola nesta quinta-feira
VEJA Mercado fechamento, 22 de julho.
Em dia de pouca volatilidade, o Ibovespa, indicador dos papéis listados na bolsa de valores de São Paulo, teve leve avanço de 0,17%. Com o recesso parlamentar de duas semanas, é provável que os investidores sintam menos receio no mercado de ações pelos próximos pregões. O noticiário político tampouco influenciou os investidores. O indicador brasileiro caminhou em linha com as principais bolsas de Wall Street. Nos EUA, a Nasdaq avançou 0,36%, o S&P 500 subiu 0,2% e o Dow Jones teve leve alta de 0,07%.
O dia também foi marcado por nova alta do dólar. Depois de passar boa parte do dia abaixo dos 5,20 reais, a moeda americana avançou 0,4% no fim do pregão, saltando para 5,213 reais. “As principais notícias que tiveram efeito positivo na bolsa de valores hoje foram a confirmação pelo Ministério da Economia do desbloqueio de 4,5 bilhões de reais do Orçamento deste ano e a revisão na estimativa no déficit primário”, diz o economista Pablo Spyer, sócio da XP Inc. Em contrapartida, o ministro da Economia, Paulo Guedes, mantém-se firme no árduo embate com o setor produtivo pela tributação em 20% sobre lucros e dividendos e a reforma do Imposto de Renda, projetos que desagradam os empresários.
No campo corporativo, as ações da companhia de tecnologia Locaweb, que foi às compras recentemente, foram as que mais subiram hoje: 5,49%. A segunda maior alta do dia foi da Marfrig (+3,34%), acompanhada pela Cosan (+3,19%). Do outro lado, no entanto, as perdas foram lideradas pelo Banco Inter, que recuou 2,49%. Segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, a fintech não faria parte de uma lista do Banco Central que classifica instituições que podem operar como bancos. A segunda maior queda do dia foi da supermercadista Pão de Açúcar (-1,9%) seguida pelos papéis da resseguradora IRB Brasil (-1,5%), que haviam disparado no pregão de ontem.