A diferença entre as emendas da vacina de Omar Aziz e de Ricardo Barros
Bolsonaro e seus filhos adotaram estratégia de atacar o presidente da CPI por emenda na Medida Provisória das vacinas
Depois das acusações de que o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), fez uma emenda para favorecer o suposto esquema armado para a compra da vacina indiana Covaxin, no Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro começou a atacar o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), dizendo que foi o senador quem fez emenda que dispensava licitação na compra da vacina sem o aval da Anvisa. O senador também foi acusado nas redes sociais pelo filho 03, o deputado Eduardo Bolsonaro, e se defendeu dizendo que a sua emenda era para facilitar e agilizar a compra de vacinas e salvar vida de brasileiros. “E não para fazer “rifa de propina”.
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Bolsonaro não fala da emenda de Ricardo Barros, mas ela tinha apenas uma única linha que dizia: “Acrescente-se o seguinte inciso VI ao art. 16 da Medida Provisória 1026/2021: “VI – Central Drugs Standard Control Organization (CDSCO), da Índia.”
Na Medida Provisória original, já era prevista a dispensa de licitação e permitia à Anvisa a conceder autorizações temporárias a vacinas que tinham sido registradas em cinco autoridades sanitárias estrangeiras, que não incluía a Índia. Ao passar pelo Congresso, passaram a ser 11, incluindo a da Índia.