Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maílson da Nóbrega Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Blog do economista Maílson da Nóbrega: política, economia e história
Continua após publicidade

O Brasil não estava à beira do socialismo em 2019

O discurso de Bolsonaro na ONU primou pela descrição de um cenário róseo da economia, longe da realidade, e por inverdades

Por Maílson da Nóbrega Atualizado em 21 set 2021, 12h44 - Publicado em 21 set 2021, 12h27

O discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU nesta terça-feira, 21, foi mais uma vez decepcionante. Na tradição brasileira, pelo menos até o governo FHC, a fala de nossos chefes de governo esteve focalizada essencialmente na visão brasileira sobre o cenário mundial. Bolsonaro usou o púlpito da ONU para novamente dirigir-se basicamente ao público interno, em particular aos seus apoiadores. 

Bolsonaro descreveu um quadro positivo da economia brasileira longe da realidade. Comemorou as demonstrações de 7 de setembro, orientadas por pautas antidemocráticas, como as maiores da história (as maiores foram as de 2013 contra o governo Dilma). Deu a entender que é o primeiro presidente a acreditar em Deus. E assim por diante. 

Duas partes de sua fala chamaram a atenção pelas inverdades. Primeira, a de que o Brasil estava à beira do socialismo quando ele assumiu. É mentira. Bolsonaro recebeu o cargo do presidente Michel Temer, que havia empreendido um conjunto impressionante de reformas estruturais, todas voltadas para reforçar as bases de uma economia de mercado e não para o socialismo. 

Sabe-se que o governo da presidente Dilma Rousseff foi desfavorável à economia, em virtude do forte aumento da intervenção do Estado nas atividades econômicas. O controle de preços dos combustíveis e a redução forçada dos preços de energia elétrica cobraram preço elevadíssimo ao país. A política de formar campeões nacionais não deu certo. Nem de longe, todavia, se configurou um plano rumo ao socialismo nesse período. Dilma não teria capital político para tal empreitada. 

A segunda foi sua afirmação de que os lockdowns respondem por boa parte da inflação mundial. Ele transpôs, para o planeta, a visão equivocada que professa no Brasil, segundo a qual os governadores têm culpa pela inflação por fecharem o comércio. É o contrário. Lockdowns significam forte retração da mobilidade urbana e das atividades econômicas. Essa medida contrai a demanda e, como tal, tem efeitos desinflacionários. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.