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Como superar o fim de um relacionamento? A ciência explica

Segundo cientistas americanos, acreditar que você está fazendo algo para seguir em frente impacta na secreção de neurotransmissores, reduzindo o sofrimento

Por Da Redação
25 abr 2017, 17h31

Ter o ‘coração partido‘ é uma das experiências mais traumáticas da vida. No entanto, de acordo com um estudo da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, acreditar que está fazendo algo para superar o término de um relacionamento, independente  como, pode ajudar a aliviar o sofrimento. Esse efeito placebo, segundo os cientistas, influencia regiões do cérebro associadas às emoções, liberando dopamina – um dos neurotransmissores responsáveis pelo sentimento de felicidade.

Superar a dor

Durante décadas, pesquisas mostraram que as expectativas positivas, mesmo em tratamentos com pílulas sem ingredientes ativos na composição, podem aliviar mensuravelmente a dor. Neste estudo, os especialistas procuraram identificar o impacto do efeito placebo nas dores emocionais de uma rejeição romântica, por exemplo. O término de um relacionamento é uma das piores experiências emocionais que uma pessoa pode ter ao longo da vida e pode ser um gatilho para problemas psicológicos“, explicou ao Daily Mail Leonie Koban, um dos autores da pesquisa publicada no Journal of Neuroscience.

Para os pesquisadores, as recentes descobertas são importantes considerando que rompimentos estão relacionados a um risco 20 vezes maior de desenvolver depressão em um ano. “Em nosso estudo, descobrimos que que esse efeito placebo pode ter um grande efeito na redução dessa dor social“, disse Koban. “Só o fato de que você está se engajando em algo para benefício próprio, e que pode lhe dar esperanças, já pode ter um impacto”, completou Tor Wager, coautor do estudo.

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A pesquisa

Durante o levantamento, foram selecionadas 40 pessoas que haviam passado recentemente por um rompimento romântico indesejado. Para detectar as diferenças de imagens cerebrais, cada um dos participantes observou uma foto de seu ex-parceiro e outra foto de algum amigo próximo do mesmo sexo.

Enquanto tinham seus cérebros analisados por uma máquina de imagem por ressonância magnética funcional (fMRI), eles foram orientados a falar sobre a experiência do término enquanto observavam fotos de seus antigos parceiros. Depois, enquanto observavam fotos de seus respectivos amigos, os participantes foram submetidos a uma aplicação de calor na pele do braço, para simular a dor física.

Ao final, os participantes responderam um questionário avaliando a forma como se sentiram, em uma escala de um (muito bem) a cinco (muito mal). Segundo o estudo, embora não fossem exatamente idênticas, as regiões do cérebro que se iluminaram durante a dor física e a dor emocional foram semelhantes. 

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Efeito placebo

Depois dos exames, a equipe de pesquisa administrou nos voluntários uma espécie de spray nasal. Para metade deles, os cientistas disseram que se tratava de um ‘poderoso analgésico’ que possuía efeito na redução da dor emocional, enquanto para os outros, que era apenas um soro fisiológico tradicional.

Cada participante foi, então, novamente examinado pelo fMRI, sob as mesmas condições anteriores. O grupo placebo não só sentiu uma redução das dores física e emocional, como também respondeu melhor às imagens dos antigos parceiros. A atividade no córtex pré-frontal dorsolateral do cérebro – uma área envolvida com a modulação de emoções, inclusive da depressão – também aumentou de forma acentuada.

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Os participantes do grupo placebo também mostraram grande atividade em uma área do cérebro chamada de substância cinzenta periaquedutal, que desempenha um papel fundamental na liberação de substâncias químicas que atuam como analgésicos naturais e neurotransmissores, como a dopamina.

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