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Planos de saúde terão de cobrir exames genéticos

Diretriz da ANS assegura esse tipo de teste quando todas as opções de diagnóstico tiverem se esgotado

Por Da Redação
12 dez 2013, 08h51

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publica nesta quinta-feira uma nota técnica com normas para assegurar a cobertura de exames genéticos pelos planos de saúde. Um dos exames contemplados é a análise dos genes BRCA 1 e BRCA 2, que aumentam o risco de câncer de mama. A alteração nesses genes foi o que motivou a atriz Angelina Jolie a fazer uma dupla mastectomia preventiva (retirada das mamas) no início deste ano. No Brasil, esse teste custa cerca de 7 000 reais.

As diretrizes passam a valer a partir do dia dois de janeiro, com o novo rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. Ao todo, serão publicadas 22 diretrizes para 29 doenças genéticas, entre elas enfermidades neurológicas, do sangue e alguns tipos de câncer hereditários, como o de ovário, de intestino e de tireoide. De acordo com a gerente de atenção à saúde da ANS, Karla Coelho, essas regras não foram anunciadas em outubro junto com o novo rol porque as discussões não estavam concluídas.

A ANS já prevê a obrigatoriedade da cobertura de análise molecular de DNA desde 2008, mas, por falta de diretrizes e até por desconhecimento dos beneficiários, elas raramente eram cumpridas. “A análise molecular de DNA estava prevista de uma forma muito aberta, o que deixava muitas brechas e dúvidas. O que fizemos foi listar os critérios para a cobertura e deixar claro quais são as doenças contempladas”, diz Karla.

Critérios – A realização dos exames genéticos, entretanto, não será tão simples. Eles serão liberados de forma “escalonada”, depois de esgotadas todas as outras tentativas de diagnóstico. A ANS também continuará exigindo que o pedido do exame seja feito por um geneticista – uma das principais críticas, pois, segundo a Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), há apenas cerca de 200 geneticistas no Brasil, concentrados nas regiões Sul e Sudeste.

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“Por um lado essa diretriz é boa porque deixa claro em quais situações o paciente terá direito a realizar o exame, mas por outro lado ela acaba restringindo ainda mais, por limitar as doenças e exigir que o pedido venha de um geneticista”, diz o representante da SBGM na ANS, Salmo Raskin.

(Com Estadão Conteúdo)

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