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Para emagrecer com eficácia, emagreça logo e muito

Pesquisa mostra que 78% das pessoas que tentaram emagrecer "logo" conseguiram perder 15% do peso, contra 48% submetidas a um regime lento

Por Da Redação
16 jul 2010, 21h01

Ao contrário da ideia geralmente aceita, inclusive entre os médicos sobre a melhor receita para perder quilos, uma nova teoria começa a tomar corpo. Diz que, para emagrecer com eficácia, é preciso emagrecer muito… e rápido, segundo estudos apresentados no Congresso internacional sobre obesidade, concluído em Estocolmo (11 a 15 de julho).

Médica endocrinologista e doutoranda da Universidade de Melbourne (Austrália), Katrina Purcell conduziu uma experiência comparativa entre dois modelos de regime: um “rápido”, em 12 semanas, visando a uma perda de 1,5 kg por semana para uma pessoa de 100 kg, e outro “gradual”, de 36 semanas, com o objetivo de perder 0,5 kg por semana para uma pessoa com esse mesmo peso.

“Espantosamente e ao contrário do que se pensa, o estudo demonstra que o regime ‘rápido’ é mais eficaz que o ‘gradual’ para quem quiser perder quilos”, comenta ela.

Os resultados obtidos mostram que 78% das pessoas que tentaram emagrecer “logo” conseguiram perder 15% do peso, contra 48% submetidas a um regime “gradual”, mais lento.

Um dos motivos, avançados pela cientista, é psicológico e diz respeito à motivação: “quando se perde 1,5 kg por semana, temos vontade de dar continuidade ao regime, o mesmo não acontecendo quando se perde 0,5 kg aqui ou ali…”

Quatro participantes do grupo “gradual” abandonaram a experiência antes do final, achando que houve muito esforço, contra apenas um no grupo do emegrecimento “rápido”.

Katrina Purcell adverte, no entanto, contra os regimes muito rápidos, as chamadas “crash diets”, que consistem numa privação extrema de calorias. “Não faça isso sozinho, faça junto com seu médico, que é o único capaz de orientar melhor sua dieta”, diz ela.

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Muitos médicos e nutricionistas acham que quanto mais se perde quilos, mais somos suscetíveis de voltar a ganhá-los.

E isso leva a médica a acompanhar os dois grupos com muito cuidado, pelo que pretende divulgar os resultados finais da pesquisa em três anos.

O Instituto nacional holandês para a Saúde Pública e o Meio Ambiente estuda a ligação entre a quantidade de quilos perdidos e a eventual recuperação do peso que advém.

Segundo a pesquisa, 54% das pessoas que perderam peso tendem a conservar os benefícios disso durante um ano, independentemente da quantidade dessa perda.

Daí a conclusão de que, “quanto mais se perde peso inicialmente, mais a perda permanece importante um ano depois”, diz o cientista Jeroen Barte.

É por isso, então, que “as perdas de peso de 10% ou mais deveriam ser encorajadas e preferíveis às menos significativas porque, um ano após, os benefícios serão sentidos”, afirma, reconhecendo que o estudo “acaba com um mito”.

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Barte acrescenta que estudos deverão ser realizados “para determinar os objetivos ótimos da perda de peso e estabelecer as melhores práticas, para permitir sua manutenção”.

Katrina Purcell não condena, no entanto, os regimes mais longos, uma vez que permitem uma modificação profunda no modo de vida.

Os cientistas concordam que os hábitos alimentares e o modo de vida são fatores primordiais da obesidade e do sobrepeso.

Quantidade das porções, luta contra o marketing agressivo da indústria de alimentos, reformulação de produtos com menos sal ou menos açúcar, incentivos fiscais, divulgação sistemática das calorias no menu dos restaurantes… Antes de pensar em regimes, “é preciso uma mudança cultural!”, diz o presidente da ONG International Association of Consumer Food Organizations (IACFO), Bruce Silverglade.

(Com AFP)

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