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Inca: 7 orientações para reduzir morte por câncer de mama

Instituto recomenda que, uma vez diagnosticada a doença, tratamento comece em até 3 meses. Guia, sem força de lei, visa melhorar sobrevida de pacientes

Por Da Redação
31 out 2011, 09h38

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) anunciou, nesta segunda-feira, sete novas recomendações para controlar a mortalidade do câncer de mama. Entre as orientações, o instituto estabelece que toda mulher com diagnóstico de câncer de mama deve iniciar seu tratamento no prazo máximo de três meses. Além disso, o texto afirma que mulheres diagnosticadas com a doença devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar especializada, com médicos, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta.

As recomendações ocorrem em meio ao Outubro Rosa, um movimento realizado no mundo inteiro que busca chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama. Segundo o Inca, esse tipo da doença é o responsável pela morte de 12.000 mulheres por ano no Brasil – e também o que mais mata a população feminina em todo o país, com exceção da região Norte.

Embora as sete recomendações divulgadas não tenham força de lei, o Inca argumenta que, se elas forem seguidas pelas secretarias municipais e estaduais de saúde e pelos consultórios particulares, têm potencial para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida das pacientes com tumores de mama.

As medidas se somam às que foram lançadas em 2010, que tiveram o foco em ações de prevenção, detecção precoce e informação de qualidade.

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Câncer de mama: obesidade e sedentarismo são fatores de risco para o desenvolvimento do câncer mais letal entre as mulheres
Câncer de mama: obesidade e sedentarismo são fatores de risco para o desenvolvimento do câncer mais letal entre as mulheres (VEJA)

Sete recomendações do INCA para o câncer de mama:

1. Toda a mulher com diagnóstico de câncer de mama confirmado deve iniciar seu tratamento o mais breve possível, não ultrapassando o prazo máximo de 3 meses.

Estudos científicos mostram que atraso superior a três meses entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer de mama comprometem a expectativa de vida da mulher (sobrevida).

2. Quando indicado, o tratamento complementar de quimioterapia ou hormonioterapia deve ser iniciado no máximo em 60 dias e o de radioterapia no máximo em 120 dias.

O prazo para o início do tratamento complementar é um componente crítico no cuidado do paciente com câncer de mama. Atrasos no início do tratamento complementar aumentam o risco de recorrência local da doença e diminuem a sobrevida. Em algumas situações de tratamento com quimioterapia, a radioterapia pode ocorrer apos os 120 dias.

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3. Toda mulher com câncer mama deve ter seu diagnóstico complementado com a avaliação do receptor hormonal.

Os receptores hormonais são proteínas que se ligam aos hormônios mediando seus efeitos celulares. A avaliação é feita no material da biópsia que medirá um percentual dos receptores nas células tumorais. A dosagem desses receptores permite identificar as mulheres que irão se beneficiar do tratamento complementar chamado hormonioterapia. A presença de receptores hormonais nos tumores de mama é alta na população e aumenta com a idade.

4. Toda mulher com câncer de mama deve ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar especializada que inclua médicos (cirurgião, oncologista clínico e um radioterapeuta), enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta.

O câncer de mama é uma doença complexa cujo tratamento requer a cooperação de diferentes profissionais e saberes. A experiência mundial aponta que serviços que oferecem uma abordagem multidisciplinar e multiprofissional têm melhor desempenho no tratamento do câncer de mama.

5. Toda mulher com câncer de mama deve receber cuidados em um ambiente que acolha suas expectativas e respeite sua autonomia, dignidade e confidencialidade.

Acolher as mulheres em suas necessidades nas diferentes etapas do tratamento, por meio de abordagem humanizada que respeite seus direitos, possibilita um melhor enfrentamento da doença.

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6. Todo hospital que trata câncer de mama deve ter Registro de Câncer em atividade.

Os Registros Hospitalares de Câncer coletam informações essenciais para acompanhar, monitorar e avaliar a qualidade do tratamento oferecido à mulher. As informações dos Registros subsidiam a implementação de políticas e ações de melhoria contínua na busca de padrões de excelência no tratamento.

7. Toda mulher com câncer de mama tem direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social, espiritual e psicológico.

O câncer é uma doença que fragiliza seu portador e familiares em diferentes dimensões da vida. O suporte social, espiritual e psicológico para os pacientes e familiares fortalece os sujeitos para o enfrentamento da doença.

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