Síria reclama à ONU de ataque israelense em sua fronteira
Exército diz que Israel atingiu centro de pesquisa militar e matou duas pessoas
A Síria reclamou formalmente perante a ONU do ataque israelense de quarta-feira em suas fronteiras, informou nesta quinta a rede britânica BBC. Segundo o Exército sírio, Israel atacou um centro de pesquisa militar a nordeste de Damasco, matando dois e ferindo cinco.
O Ministério de Relações Exteriores da Síria fez um protesto formal ao comandante da ONU em Golã, dizendo que a atitude de Israel viola o acordo de cessar-fogo entre os dois países, que tecnicamente continuam em guerra.
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Segundo a agência iraniana de notícias Fars, o vice-ministro de Relações Exteriores, Minister Hossein Amir Abdollahian, disse que o ataque traria ‘graves consequências à cidade de Tel Aviv’. Além disso, o embaixador sírio no Líbano, Ali Abdul-Karim Ali, disse que Damasco pode tomar uma ‘decisão surpresa’ de retaliação. Por sua vez a Rússia, considerada aliada a Damasco, classificou o ataque de ‘inaceitável’.
De acordo com fontes libanesas de segurança e rebeldes sírios o ataque israelense atingiu um comboio que carregava armas perto da fronteira com o Líbano. Israel se negou a comentar.
Na quarta-feira, fontes diplomáticas dos Estados Unidos e de Israel disseram que o ataque de caças israelenses na região da fronteira entre Síria e Líbano, ocorrido na madrugada de terça-feira, atingiu um comboio sírio suspeito de transportar armas para o grupo guerrilheiro libanês Hezbollah.
Os veículos estariam carregando partes de mísseis de médio alcance SA-17, de fabricação russa, e outros equipamentos que poderiam ser usados para atacar Israel. Desde que o ataque foi revelado, apenas o governo sírio se manifestou sobre o alvo da ação, e negou a versão do comboio. Segundo o Exército sírio, a aviação israelense bombardeou “diretamente”, no início da manhã (horário local), um centro militar de pesquisas situado entre Damasco e a fronteira libanesa.
Fontes israelenses disseram na terça-feira que as armas convencionais avançadas representariam uma ameaça tão grande para Israel quando as armas químicas, caso elas caiam nas mãos das forças rebeldes sírias ou nas mãos da guerrilha Hezbollah, baseada no Líbano.
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