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Regime sírio afirma que conferência de paz ocorrerá no final de novembro

Principal grupo rebelde do país afirmou que não vai participar de reunião, que é promovida pelos EUA e pela Rússia

Por Da Redação
17 out 2013, 10h11

O vice-primeiro-ministro da Síria, Qadri Jamil, disse nesta quinta-feira que a aguardada conferência internacional em busca de uma solução para a guerra civil no país deve ocorrer em 23 e 24 de novembro. Estados Unidos e Rússia vêm pressionando os dois lados do conflito há meses para a realização das reuniões, mas essa é a primeira vez que datas específicas são citadas.

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Mesmo com a fixação das datas, resta o desafio de atrair os rebeldes para as negociações. No domingo, o Conselho Nacional Sírio (CNS), um dos principais grupos rebeldes da Síria, anunciou que não vai participar da conferência de paz. Um dos dirigentes do CNS, George Sabra, disse que o grupo tinha decidido não participar porque não observavam “nenhum avanço interno ou externo”. “Não há melhora da situação e não existe o ambiente adequado para a realização da conferência”, acrescentou.

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Segundo Jamil, a recusa do CNS não afetará os planos para a conferência. “Eles tendem a reconsiderar”, avaliou.

A recusa dos rebeldes levou a Rússia, aliada do regime sírio e autora do plano para desmantelar o arsenal químico do país, a pedir nesta semana que os Estados Unidos “cumpram com sua obrigação” e convençam a oposição síria a participar da negociação de paz em Genebra.

“O maior obstáculo agora é a incapacidade de nossos colegas de obrigar a oposição síria, a mesma que eles protegem, a ir para Genebra para se sentar na mesa de negociações”, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

Na segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, também cobrou a realização da conferência de paz, mas disse que só a saída do ditador Bashar Assad e a formação de um governo de transição vai acabar com a guerra civil no país, que se arrasta desde março de 2011 e já deixou cerca de 100 000 mortos.

Inspeções – Enquanto prosseguem as conversas sobre conferencia, o trabalho de desmantelamento do arsenal químico do regime sírio prossegue. A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) anunciou nesta quinta-feira ter inspecionado metade das vinte instalações onde estão estocadas essas armas.

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“Fizemos praticamente metade do trabalho de inspeção das instalações declaradas”, afirmou Malik Ellahi, conselheiro político da OPAQ, em Haia.

Apesar dos progressos, Ellahi ressaltou que a segurança continua sendo uma das principais preocupações da missão. É a primeira vez que inspetores da organização trabalham em um país em guerra.

“Uma de nossas preocupações é evidentemente a situação da segurança”, disse Ellahi, que citou disparos de morteiro e atentados com carro-bomba perto do hotel de Damasco onde os inspetores estão hospedados.

(Com agência France-Presse e Estadão Conteúdo)

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