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ONU: acusação de ataque com armas químicas deve ser investigada

Subsecretário-geral diz que ataque representa “séria escalada” no conflito

Por Da Redação
21 ago 2013, 20h42

Depois de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta quarta-feira, o subsecretário-geral Jan Eliasson afirmou que a acusação de que um ataque com armas químicas deixou mais de 1 000 mortos na Síria deve ser investigada. “Vemos a necessidade de investigar isso o mais rápido possível. Não importa quais sejam as conclusões, isso representa uma séria escalada (no conflito), com graves consequências humanitárias”, disse o subsecretário.

Grupos opositores afirmam que o regime do ditador Bashar Assad realizou o ataque na manhã desta quarta-feira na periferia da capital Damasco. Vídeos e fotos mostram corpos sem sinal aparente de sangue ou ferimentos. O número exato de mortos é incerto, mas alguns grupos falam em até 1 300 vítimas.

O governo sírio negou qualquer ataque com armas químicas e disse que as acusações fazem parte de uma campanha para deslegitimar o grupo de investigadores da ONU no país. Os inspetores das Nações Unidas chegaram ao país no domingo com mandato de 14 dias (período que pode ser estendido) para investigar três locais onde ataques com armas químicas teriam sido realizados, incluindo a cidade de Khan al-Assal, no norte da Síria, onde 26 pessoas foram mortas em março.

Se a causa e o número de mortes forem oficialmente confirmados, será o pior ataque com armas químicas no mundo desde 1988, no massacre de milhares de curdos na cidade de Halabja, no Iraque, sob as ordens de Saddam Hussein.

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“Isso deve ser visto em uma perspectiva mais ampla, da grande necessidade de se acabar com as hostilidades. O que este incidente mostrou foi que nós devemos conter esse conflito, especialmente devido às suas implicações regionais, e agora, à possibilidade de uso de armas químicas”, avaliou Eliasson, ressaltando que ainda não há confirmação do uso desse tipo de armamento.

Acesso – Eliasson disse ainda que espera que o governo sírio dê autorização para que os investigadores possam chegar à região. “É uma situação dramática e neste momento não é possível chegar à área por causa da situação de insegurança”, disse o subsecretário. “‘Estamos em contato com o governo sírio e esperamos que as partes cooperem para que possamos dar andamento à investigação”.

A embaixadora Maria Cristina Perceval, da Argentina, país que preside o Conselho de Segurança durante o mês de agosto, disse haver uma “forte preocupação” entre os membros e um senso geral de que é preciso esclarecer o que aconteceu.

Desde o início do conflito na Síria, em março de 2011, mais de 100 mil pessoas morreram, segundo a ONU.

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Locais dos ataques com armas químicas na Síria

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(Com agência EFE)

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