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França defende uso da força na Síria se confirmado ataque químico

Ministro das Relações Exteriores francês cobra do Conselho de Segurança da ONU um posicionamento rápido sobre o caso, mas descarta envio de tropas

Por Da Redação
22 ago 2013, 08h19

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, defendeu nesta quinta-feira o uso da força pela comunidade internacional caso fique provado que as forças do ditador sírio Bashar Assad perpetraram na periferia de Damasco um ataque com armas químicas, como alegam opositores do regime.

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Em entrevista à emissora francesa BMF, Fabius afirmou que, se o Conselho de Segurança da ONU não chegar logo a uma decisão sobre o caso, “as decisões serão tomadas de outra forma”. O chanceler afirmou, contudo, que o envio de tropas francesas à Síria “está fora de questão”.

Grupos opositores a Assad alegam que o governo efetuou na manhã de quarta-feira um ataque com gás tóxico nos arredores da capital do país. Segundo a Coalizão Nacional Síria, 1 300 pessoas morreram. Por causa das restrições impostas pelo governo ao trabalho de jornalistas na guerra civil no país, a informação não pôde ser confirmada por fontes independentes. Outros grupos opositores, como o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os Comitês de Coordenação Local e a Comissão Geral da Revolução Síria afirmam que houve centenas de mortos, incluindo mulheres e crianças.

As fotos e vídeos divulgados por ativistas e organizações ligadas a rebeldes mostram corpos amontados – a grande maioria, de crianças – sem sinal aparente de sangue ou ferimentos, indícios do uso de gás tóxico no ataque. As imagens horrorizaram o mundo e motivaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Após o encontro, na quarta-feira, o subsecretário-geral Jan Eliasson afirmou que a acusação deve ser investigada. “Vemos a necessidade de investigar isso o mais rápido possível. Não importa quais sejam as conclusões, isso representa uma séria escalada (no conflito), com graves consequências humanitárias”, disse.

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Locais dos ataques com armas químicas na Síria

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Se a causa e o número de mortes forem oficialmente confirmados, será o pior ataque com armas químicas no mundo desde 1988, no massacre de milhares de curdos na cidade de Halabja, no Iraque, sob as ordens de Saddam Hussein.

“Isso deve ser visto em uma perspectiva mais ampla, da grande necessidade de se acabar com as hostilidades. O que este incidente mostrou foi que nós devemos conter esse conflito, especialmente devido às suas implicações regionais, e agora, à possibilidade de uso de armas químicas”, avaliou Eliasson, ressaltando que ainda não há confirmação do uso desse tipo de armamento.

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Desde o início do conflito na Síria, em março de 2011, mais de 100 000 pessoas morreram, segundo a ONU.

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