Evo Morales faz coro à teoria da conspiração

Presidente da Bolívia disse estar “quase convencido” de que Chávez foi envenenado pelo “imperialismo”

Por Da Redação
9 mar 2013, 19h57

Vice-presidente venezuelano, Nicolas Maduro e presidente da Bolívia, Evo Morales andam na frente do veículo que transporta o caixão do falecido Hugo Chávez (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)

O presidente da Bolívia, Evo Morales, resolveu fazer coro ao presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, e encampou a teoria da conspiração: do palácio presidencial em La Paz, para onde retornou depois de três dias em Caracas, disse estar “quase convencido” de que Hugo Chávez foi envenenado por imperialistas. Em declaração dada à Agência Boliviana de Informação, o presidente falou que Maduro e outras autoridades da Venezuela farão uma profunda investigação.

“Quando o império não pode conquistar líderes políticos dos movimentos sociais organizados democraticamente, ele tenta golpes de Estado. Quando não podem dividir os povos, o que acontece? Envenenam e acabam com a vida. Estou quase convencido”, acrescentou.

No dia da morte de Chávez, o presidente interino venezuelano, Nicolás Maduro, sugeriu que a causa câncer do coronel foi um ataque dos seus inimigos. “Os inimigos históricos da pátria buscaram o ponto para prejudicar a saúde do comandante. É um tema muito sério que terá que ser investigado”. Ele levantou suspeitas de que o câncer teria sido induzido.

Na eleição presidencial em outubro do ano passado, o próprio Chávez se perdeu em devaneios e disse que a oposição estava fazendo bruxaria contra sua companha. “A contrarrevolução e a burguesia apostaram que eu não poderia nem caminhar, que estava à beira da morte, que não conseguia mais suspirar. Até bruxaria eles me fizeram, mas ando com Deus”, disse em um comício eleitoral.