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‘Cuecão de ferro’: Loja no Quênia vende cintos de castidade masculinos

O acessório é feito sob medida e custa menos de 40 reais. Mulher que cortou o pênis de seu marido e outros ataques motivaram o dono da loja a criar o 'cuecão de ferro"

Por Da Redação
28 jun 2015, 12h12

Na vitrine de uma loja no centro de Nairóbi, um manequim nu se destaca com uma cueca metálica, o cinto de castidade para homens que começou a ser comercializado com o pretexto de proteger os quenianos da “violência de suas mulheres”. A cueca de ferro, que é trancada com um cadeado de “extrema segurança”, passou a ocupar um lugar entre ternos, camisas e gravatas há algumas semanas, após ser noticiado o caso de uma mulher da cidade de Nyeri que cortou o pênis do marido como vingança por infidelidade.

O incidente inspirou o proprietário deste estabelecimento que, com chapas de metal e um grande cadeado, descobriu um meio de proteger os genitais masculinos contra possíveis atos violentos de suas esposas. “Depois do ato ocorrido em Nyeri, buscamos algo como isso. Todos sabem que é melhor prevenir do que remediar, então desenvolvemos essa ideia, para prevenir”, contou Kelvin Omondi, funcionário dessa pequena loja em Koinange Street, no centro da capital queniana.

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Por enquanto, apenas oito pessoas foram à loja interessadas no curioso acessório que, por 1.200 xelins (38 reais), é feito sob medida para o cliente. Desde que o cinto de castidade apareceu na vitrine, o objetos dividiu as opiniões. Os pedestres que passam pela loja ficam surpresos quando observam o acessório, que parece ter sido transportado da Idade Média. Boniface, cliente habitual da loja, disse que o cinto parece uma “grande ideia” para proteger as partes íntimas masculinas das mulheres irritadas. “Se as mulheres forem ao extremo, nós temos de nos proteger”, afirmou o cliente.

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No entanto, outro queniano observa estupefato a invenção e, entre risos, pergunta se o produto realmente está à venda ou se é uma piada. “Eu não preciso de uma coisa dessas”, disse com cara de espanto. O sucesso da invenção ainda é duvidoso, já que parece pouco provável que o incidente de Nyemi se torne uma preocupação real e generalizada entre os quenianos. Além disso, é complicado imaginar um homem andando sem dificuldades com um acessório rígido e pesado.

Kelvin Omondi se mostra otimista sobre a viabilidade do cinto de castidade, apesar de ainda não ter vendido nenhuma unidade. “Os assuntos familiares são um tema tabu no Quênia e se resolvem em casa. Este cinto é uma boa maneira de resolvê-los”, insistiu o criador. Os clientes interessados, homens com idade entre 25 e 35 anos, não explicaram por que precisam desses cinturões, mas “a razão é óbvia”, disse Omondi. “Não se deve esquecer de manter a chave longe da mulher, senão não serve de nada”, lembrou o inventor do novo produto.

História – Segundo a versão mais conhecida – questionada por alguns historiadores -, a origem desses acessórios remete à Idade Média, quando os maridos obrigavam as esposas a usá-los enquanto eles lutavam na guerra ou simplesmente se ausentavam por um longo tempo, para evitar infidelidades sexuais. É dito que o cadeado que trancava o antigo cinto de castidade tinha duas chaves: uma ficava com o marido e a outra com o sacerdote. Se o marido não voltasse em quatro anos, o sacerdote poderia libertar a mulher da “prisão sexual”.

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(Com agência EFE)

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