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Cameron convoca parlamento para decidir se britânicos devem atacar jihadistas no Iraque

Sessão extraordinária deve ocorrer na próxima sexta-feira; proposta não inclui ampliar ação para a Síria

Por Da Redação
24 set 2014, 22h30

O primeiro-ministro David Cameron anunciou nesta quarta-feira durante a Assembleia Geral das Nações Unidas que o Parlamento britânico foi convocado para debater se o país deve apoiar os ataques aéreos contra os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque.

O premiê anunciou a sessão extraordinária, que deve ocorrer na sexta-feira, depois de encontro com o primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi. Na reunião, Al Abadi pediu ajuda no combate aos terroristas.

Cameron afirmou que a ação na Síria, onde militantes tomaram para si o controle de grandes partes do território, não estará na agenda desta sexta-feira.

“Estou confiante que nós vamos passar pelo Parlamento com o apoio de todos os partidos”, disse ele. “Nós votaremos a possibilidade de participarmos de uma ação internacional contra [o grupo Estado Islâmico] no Iraque. Se há a possibilidade de participarmos das ações na Síria, esse é outro debate parlamentar separado. Eu quero deixar isso bem claro.”

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A decisão de retirar os ataques na Síria do debate levou em conta a opinião de parlamentares da oposição que têm questionado a legalidade de estender a luta ao país governado pelo presidente Bashar Assad, que não pediu a intervenção.

Cameron vinha lidando com a questão de uma possível ação britânica com cuidado nas últimas semanas. A Grã-Bretanha, no passado, foi muitas vezes o primeiro país a aderir a ações militares dos EUA no exterior, mas a opinião pública do país vinha se mostrando cansada de guerras e o Parlamento já havia rejeitado no ano passado ataques aéreos sobre a Síria. Também pesavam contra o governo questões sensíveis como o referendo de independência da Escócia. Agora, Cameron parece ter mostrado que o momento da intervenção britânica chegou novamente.

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“Há uma ameaça direta contra a Grã-Bretanha (…) Há agora uma estratégia coerente para derrotá-la”, disse o primeiro-ministro. “O que estamos fazendo é legal, é adequado e não envolve o envio de tropas de combate. Como de costume, quando o nosso país é ameaçado desta forma, não podemos fugir às nossas obrigações”, acrescentou.

Ataques – Aviões dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos retomaram os bombardeios contra o Estado Islâmico (EI) na Síria nesta quarta-feira, e atacaram doze refinarias de petróleo sob o controle do movimento jihadista, informou o Pentágono.

“Posso confirmar que forças militares aliadas americanas e árabes estão realizando hoje novos ataques contra os terroristas do EI na Síria”, disse o porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby, em um comunicado.

Em declarações à rede de televisão CNN, Kirby disse que a última onda de ataques se concentrou em doze objetivos no leste da Síria, onde os jihadistas controlam pequenas refinarias que produzem entre 300 e 500 barris de petróleo refinado por dia. Essas instalaçõess são uma das principais fontes de receita das forças do Estado Islâmico, que rouba o petróleo de poços sírios e vende o produto no mercado negro.

As instalações foram “atingidas por mísseis disparados por aviões da coalizão em uma missão que contou com mais aeronaves aliadas do que americanas”, precisou Kirby. “Nós estamos sufocando a fonte de renda deles”, disse outra autoridade americana de alto escalão. O Pentágono estima que o grupo militante lucre até 2 milhões de dólares por dia com a venda ilícita de petróleo.

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Os Estados Unidos lançaram no mês passado a campanha aérea contra o grupo no Iraque. Na madrugada de terça-feira, Washington ampliou a ofensiva na Síria, com cinco países árabes se juntando à coalizão.

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