A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ressaltou nesta quinta-feira a importância de manter a união para defender a liberdade e os valores que foram atacados pelos terroristas em Paris. Em um breve pronunciamento à imprensa, feito antes de se reunir em Berlim com o chanceler austríaco, Werner Faymann, Merkel reiterou sua solidariedade e apoio à França. “Este é um ataque contra nossos valores fundamentais, nosso modo de vida e nossa liberdade”, disse Merkel. “E todos os países que amam a liberdade devem se unir para encontrar os autores [dos atentados] e também para proteger e garantir nosso estilo de vida”.
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Em relação à crise dos refugiados, ela defendeu de novo “ordem” nas fronteiras da União Europeia e em estabelecer um mecanismo permanente e “justo” de distribuição dos solicitantes de asilo entre os membros do bloco. Após os atritos registrados há algumas semanas, quando a Alemanha acusou a Áustria de enviar à fronteira ônibus com refugiados sem nenhum tipo de aviso nem coordenação, Merkel afirmou que houve “grandes avanços, e os fluxos estão muito mais ordenados do que no princípio”.
No entanto, Merkel lembrou que a solução da crise exige o funcionamento o mais rápido possível dos centros de registro na Itália e Grécia. Essas instalações, acrescentou, devem ser também centros de distribuição dos refugiados entre os países europeus e de devolução daqueles que não tiverem direito ao asilo. Merkel ratificou seu compromisso de apoiar a Grécia e de reforçar a Frontex, a agência europeia de controle de fronteiras, e garantiu que continuará lutando por um mecanismo “permanente” de distribuição de refugiados na Europa.
“Refugiados não são terroristas” – Em discursos no fórum político empresarial em Berlim, o chanceler da Áustria Werner Faymann, chamou atenção para a distinção entre refugiados e terroristas, alegando que os primeiros são “vítimas e não criminosos”, e também fogem dos jihadistas. O chanceler defendeu uma “resposta conjunta” da União Europeia tanto à crise dos refugiados como à luta contra o terrorismo islamita. A UE tem um “papel especial” na defesa da democracia e da liberdade, disse, frisando que “a única possibilidade” de resolver a crise dos refugiados passa pela coordenação de esforços de todos os 28 países-membros do bloco.
(Com EFE)