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Vaticano nega interceptações telefônicas generalizadas

Porta-voz Federico Lombardi disse que 'não há fundamento' em reportagem publicada por jornal italiano afirmando que interceptação durou mais de um ano

Por Gabriela Loureiro, de Roma
28 fev 2013, 13h03

O Vaticano negou nesta quinta-feira a existência de interceptações telefônicas “na dimensão descrita nos últimos dias”. O porta-voz padre Federico Lombardi também afirmou que “não há nenhum fundamento na realidade” as notícias indicando que as interceptações criaram uma atmosfera de desconfiança que poderia afetar o conclave para a eleição do sucessor de Bento XVI.

O jornal italiano Panorama publicou reportagem nesta quinta-feira afirmando que, durante mais de um ano, correspondências, telefonemas, reuniões foram meticulosamente colocados sob observação, por ordem do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone. A interceptação teve início, segundo o jornal, depois do vazamento de documentos secretos do Vaticano, escândalo que ficou conhecido como Vatileaks. E continuaria até hoje, já que, formalmente, a investigação sobre o Vatileaks ainda não foi concluída.

“Não houve nenhuma atividade de interceptação e vigilância na dimensão e como descrita nos últimos dias”, disse o porta-voz. Segundo ele, no entanto, podem ter ocorrido dois ou três casos de escuta, com autorização da Magistratura do Estado do Vaticano, ressaltando que a vigilância foi “de pequena dimensão” e não em larga escala.

Mais explicações – Esta não foi a primeira vez que o porta-voz do Vaticano precisou dar explicações sobre informações divulgadas pela imprensa italiana relacionadas ao Vatileaks. Na última semana, ele negou qualquer relação entre a transferência do subsecretário de estado Ettore Balestrero para a Colômbia e o vazamento de documentos secretos.

A transferência foi tratada oficialmente como uma promoção pouco depois da divulgação de trechos de um relatório encomendado por Bento XVI a três cardeais de sua confiança, sobre o Vatileaks. O documento, determinante para a renúncia do papa, traz informações sobre transações ilícitas no Banco do Vaticano, realizadas com o conhecimento do cardeal Bertone, integrante do conselho de administração do banco.

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Balestrero, apontado como figura próxima a Bertone, foi chefe da delegação da Santa Sé para o Moneyval, órgão do Conselho Europeu que supervisiona a aplicação de padrões internacionais de transparência financeira.

O relatório também conclui que altos integrantes da Cúria eram chantageados por homossexuais beneficiados com dinheiro da Igreja.

Renúncia – Os últimos dias do pontificado de Bento XVI também tiveram outras turbulências, como a renúncia do cardeal Keith O’Brien, arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, após ter sido acusado de “comportamento inadequado” por outros religiosos na década de 80. Ele seria o único representante britânico no conclave para escolher o novo papa.

Também houve uma movimentação para que o cardeal e ex-arcebispo de Los Angeles Roger Mahony, acusado de ter acobertado o escândalo envolvendo padres acusados de pedofilia na década de 1980, não participasse do conclave.

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