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Uribe rejeita processo de paz com as Farc

Presidente da Colômbia diz que não pode dar novo oxigênio à "cobra do terrorismo"

Por Da Redação
27 jul 2010, 21h08

“Quando a cobra do terrorismo sente que está asfixiada, aí mesmo que pede processos de paz, para tomar oxigênio e voltar a envenenar”, disse Uribe.

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, rejeitou nesta terça-feira a possibilidade de trazer atores internacionais para o processo de paz com a guerrilha Farc, pois isso daria “oxigênio” aos rebeldes.

Para Uribe, que deixa o cargo em 7 de agosto, após oito anos como presidente, a guerrilha ainda pode voltar a ameaçar, apesar das derrotas que seu governo impôs aos rebeldes.

“Cuidado ao afrouxar a nuca da cobra, porque ela está meio adormecida, mas se lhe afrouxamos o pescoço ela volta a tomar oxigênio”, disse num ato de despedida no Ministério da Defesa, usando sua habitual linguagem metafórica.

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A declaração ocorre num momento de crise com a Venezuela por causa da acusação de Uribe de que o governo socialista de Hugo Chávez seria tolerante com a presença de 1.500 guerrilheiros colombianos no território venezuelano. Chávez reagiu rompendo relações diplomáticas com Bogotá.

A Colômbia solicitou à Organização dos Estados Americanos (OEA) que envie uma comissão para analisar as denúncias, e insistiu que seu objetivo não é confrontar o país vizinho, e sim acabar com a guerrilha comunista.

“Só exigimos da comunidade internacional o cumprimento das normas internacionais que nós cumprimos, que são as de não albergar o terrorismo e combatê-lo”, disse Uribe.

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“É preciso conscientizar o país de que não nos vão enganar, nós sabemos como conduzir processos de paz e ser generosos com 53 mil (guerrilheiros já) desmobilizados, mas sabemos que quando a cobra do terrorismo sente que está asfixiada, aí mesmo que pede processos de paz, para tomar oxigênio e voltar a envenenar”, acrescentou.

Para Uribe, a guerrilha quer “internacionalizar a solicitação de oxigênio… A solicitação de que levantemos essa forquilha, e nessa armadilha não vamos cair.”

Embora Uribe diga que os rebeldes perderam quase metade da sua capacidade em uma década, os guerrilheiros ainda controlam regiões remotas onde, segundo o governo, se financiam com a produção e tráfico de drogas.

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(Com agência Reuters)

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