Quatro membros do governo da Itália abandonam o cargo
Movimento não derruba o governo de Berlusconi, mas enfraquece ainda mais o líder polêmico
A crise política envolvendo o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, aprofundou-se nesta segunda-feira, com quatro membros do gabinete deixando seus cargos, em um movimento que não derruba o governo, mas enfraquece ainda mais o líder italiano.
O ex-aliado de Berlusconi, Gianfranco Fini, retirou sua delegação do governo: o ministro dos Assuntos Europeus, Andrea Ronchi, o vice-ministro para o Desenvolvimento Econômico, Adolfo Urso, e dois secretários de Estado.
Todos eles fazem parte do recém-formado partido Futuro e Liberdade, uma dissidência liderada por Fini, que é presidente da Câmara dos Deputados, e se apresenta como a “nova direita italiana”. Recentemente, ele pediu a renúncia de Berlusconi e disse que, se o premiê não deixasse o cargo, ele iria retirar sua delegação.
Os ministros criticam o envolvimento de Berlusconi em escândalos pessoais e de corrupção. “As renúncias são irrevogáveis”, afirmou Urso. “Queremos acabar com uma fase política e iniciar uma nova.”
Rompimento – Em agosto, após meses de crise entre os dois, Fini rompeu com Berlusconi. O premiê pediu que Fini deixasse o cargo de presidente da Câmara dos Deputados e o acusou de ser um traidor, conspirador e de tentar provocar uma “morte lenta” do Povo da Liberdade (PDL), partido fundado por ambos há 16 anos. No entanto, Fini não renunciou e fundou outro partido, levando 33 deputados e oito senadores.
(Com Agência Estado)