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Pyongyang aconselha estrangeiros a deixar Coreia do Sul

Ditadura asiática 'não quer vê-los afetados em caso de guerra', diz comunicado

Por Da Redação
9 abr 2013, 04h52

A Coreia do Norte deu prosseguimento nesta terça-feira à sua campanha de ameaças quase diárias envolvendo um possível ataque à Coreia do Sul, em meio à troca de farpas que já passa de um mês na península coreana. Desta vez a advertência foi feita aos estrangeiros que vivem no país vizinho. Por meio de um comunicado do Comitê da Paz da Ásia-Pacífico da Coreia do Norte, o regime comunista recomendou que eles prepararem planos de evacuação, informou a agência estatal norte-coreana KCNA.

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Segundo o texto, a ditadura de Kim Jong-un “não quer ver os estrangeiros da Coreia do Sul afetados em caso de guerra”. A advertência desta terça se assemelha à feita na sexta-feira passada, quando a Coreia do Norte recomendou aos funcionários das embaixadas estrangeiras em Pyongyang que abandonem seu território até esta quarta-feira, sob o argumento de uma suposta guerra iminente. O governo norte-coreano afirmou que não garantiria a segurança dos diplomatas depois desse prazo em caso de conflito, mas a grande maioria dos países, incluindo o Brasil, ignorou o aviso e manteve seus funcionários no trabalho.

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Japão – Diante da especulação sobre o lançamento de um míssil norte-coreano ainda esta semana, o Japão instalou baterias de defesa nesta terça-feira no centro de Tóquio e também nos arredores da capital a fim de interceptar um eventual projétil da Coreia do Norte, que nas últimas semanas tem ameaçado atacar a Coreia do Sul e ilhas dos Estados Unidos no Pacífico – o que o governo japonês considera um risco também para o seu território.

Foram instaladas unidades antimísseis Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3) na sede do Ministério da Defesa, no centro de Tóquio, região cercada por casas e prédios residenciais e de escritórios. Além disso, as baterias também estão operacionais nas cidades de Asaka e Narashino, localizadas na região metropolitana da capital.

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O governo japonês não revelou os detalhes do plano de contingência, mas o primeiro-ministro Shinzo Abe afirmou nesta terça que seu país “fará o que tiver que fazer’ para garantir sua segurança no caso de as ameaças da Coreia do Norte representarem perigo para o arquipélago”. Abe também reiterou que o Japão está em permanente contato com seus aliados, em um momento no qual o regime norte-coreano mantém suas provocações.

Boicote – Ao menos uma ameaça, porém, a Coreia do Norte cumpriu nesta terça-feira. Depois de anunciar, um dia antes, a retirada dos cerca 50.000 funcionários norte-coreanos do complexo industrial de Kaesong, nenhum dos trabalhadores apareceu para trabalhar nesta manhã, obrigando o parque industrial a cessar suas atividades pela primeira vez desde a inauguração em 2004. Localizado dentro do território da Coreia do Norte, Kaesong é o único projeto vigente de cooperação entre as duas Coreias.

“Por enquanto, nenhum funcionário da Coreia do Norte apareceu para trabalhar nesta manhã”, afirmou um porta-voz sul-coreano do Ministério da Unificação. De acordo com o departamento, 77 cidadãos do país que ainda estão em Kaesong devem regressar para a Coreia do Sul nesta terça, enquanto outros 479 permanecem no complexo industrial. Em um comunicado, o ministério diz que fará o possível para garantir a segurança dos funcionários sul-coreanos que ainda estão no país vizinho.

O governo de Seul lamentou o fechamento temporário de Kaesong e alertou que o boicote de Pyongyang à indústria afetará ainda mais a credibilidade da Coreia do Norte diante dos investidores. “Quando Pyongyang quebra promessas e regras internacionais e paralisa Kaesong enquanto o mundo todo está vendo, nenhum país do planeta vai querer investir no Norte”, declarou a presidente Park Geun-hye. Enquanto isso, Pyongyang acusou Seul de “insultar a dignidade da nação” e declarou que o país vizinho é “completamente responsável” pelo que acontecer ao complexo industrial.

(Com agência EFE)
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