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Irmandade Muçulmana convoca semana de protestos diários

Repórter fotográfico do jornal Folha de S.Paulo é atingido de raspão por disparo em meio a confrontos no Cairo

Por Da Redação
16 ago 2013, 16h29

A Irmandade Muçulmana fez um chamado para mais uma semana de protestos diários depois das manifestações registradas em diferentes cidades do Egito nesta sexta-feira, chamada “Dia de Ira”, pelo grupo radical muçulmano que apoia o presidente deposto Mohamed Mursi. “Convocamos o povo egípcio e as forças nacionais para protestar diariamente até que o golpe termine”, diz o comunicado, em referência à derrubada de Mursi, no dia 3 de julho. A irmandade não aceita o governo interino instalado com o apoio do Exército depois do golpe.

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição, que não foi aceito pelos membros da Irmandade Muçulmana.

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Na última quarta-feira, as forças de segurança fizeram uma operação para dispersar duas ocupações de manifestantes favoráveis a Mursi no Cairo. A ação terminou em conflito e mais de 600 morreram, pelos números oficiais – segundo a irmandade, houve muito mais mortes.

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Reinaldo Azevedo: Mortos sem direito nem mesmo à notícia

Depois do massacre, a tensão só aumentou. Nesta sexta, o jornal Folha de S.Paulo informou que o repórter fotográfico Joel Silva, de 47 anos, foi atingido de raspão na cabeça por um tiro, quando fotografava protestos no Cairo. Ele foi tratado por médicos no hotel em que está hospedado e passa bem. Nos confrontos de quarta, houve jornalistas mortos, incluindo o cinegrafista do canal britânico Sky News, Mick Deane, de 61 anos.

Esta sexta foi chamada pela Irmandade Muçulmana como ‘Dia de Ira’, com várias manifestações pelo país contra as mortes de manifestantes e a favor do presidente deposto Mohamed Mursi. Mais uma vez, os protestos resultaram em mortes – já são ao menos sessenta vítimas fatais.

Segundo a BBC, os primeiros conflitos entre partidários de Mursi e forças de segurança estouraram no Cairo. Milhares de pessoas concentradas na Praça Ramsés foram surpreendidas por bombas de gás lacrimogêneo e tiros disparados para o alto. Testemunhas disseram que os manifestantes montaram barricadas nos acessos ao local e responderam com pedras e fogos de artifício. Também houve mortes em Damietta, Fayoum, Ismailia e Alexandria.

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