Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo do Japão tenta sanar a escassez de combustível

Falta de gasolina e óleo de calefação agravam crise humanitária que afeta o país

Por Da Redação
17 mar 2011, 13h17

O governo japonês deu início nesta quinta-feira a uma grande operação para sanar a escassez de combustível no país. Autoridades entraram em contato com as petrolíferas a oeste do Japão e solicitaram o envio de 200.000 litros de gasolina e demais combustíveis, como etanol e diesel às regiões mais afetadas pelo terremoto da semana passada.

A ação é mais uma tentativa de reduzir o agravamento da crise humanitária que assola o país, já que se soma a outras medidas para facilitar o transporte de água e alimentos aos sobreviventes da tragédia.

O ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda, pediu às refinarias que aumentem sua atual operabilidade de 80% para mais de 95%, a fim de acabar com a falta de combustível e com as filas de espera nos postos de gasolina das áreas devastadas pelo terremoto e posterior tsunami da sexta-feira passada.

Postos de gasolina do nordeste do país serão designados como prioritários para o fornecimento de combustível aos veículos de emergência, como carros-patrulha e caminhões dos bombeiros, que também se viram afetados pela extrema escassez dos últimos dias.

O combustível se transformou em uma das principais necessidades diante da crise, já que é essencial para facilitar o deslocamento dos veículos de resgate e retirada da população que vive nas regiões em que têm ocorrido vazamentos nucleares, como Fukushima. A falta de combustível chegou a tal ponto que, em alguns abrigos, houve problemas para manter em funcionamento os aquecedores que protegem idosos e famílias inteiras da onda de frio e neve no nordeste do país.

Continua após a publicidade

Por isso, o governo também iniciará um plano de emergência para distribuir óleo de calefação aos abrigos e às pessoas mais afetadas pela destruição de suas casas e pelo temporal de neve em regiões como Iwate.

Ameaças – Os cerca de 2.200 refúgios distribuídos na zona nordeste do país acolhem 420.000 desabrigados, que, após sobreviverem ao terremoto, ainda enfrentam novas ameaças em meio ao frio crescente e a uma rotina desoladora. Pelo sexto dia consecutivo, uma porção de arroz, um pouco de carne e de sopa foi o cardápio comum para aqueles que ficaram sem lar após o terremoto, que já deixou 5.429 mortos e 9.594 desaparecidos, segundo boletim da polícia japonesa.

Comida – O desastre natural e a crise nuclear da central de Fukushima Daiichi, situada em uma região famosa pela produção de sal, impactou também com força na indústria alimentícia japonesa. A Associação da Indústria de Sal do Japão liberou nesta quinta-feira 900 toneladas de sal de suas reservas, diante dos problemas de fornecimento na indústria alimentícia como consequência das interrupções em seis fábricas do país.

Esta é a primeira vez que o governo japonês retira sal de suas reservas, algo que se soma à decisão excepcional de quarta-feira de liberar os estoques de arroz para enfrentar as necessidades da população afetada.

Continua após a publicidade

A escassez de produtos básicos em alguns lugares do Japão, como em Tóquio, piorou porque muitos decidiram fazer estoques de mantimentos e combustível perante as incertezas da situação, embora o governo tenha feito um apelo para desestimular tal prática.

Os cortes intermitentes de energia elétrica podem se agravar em Tóquio com o aumento dos gastos com energia, diante da onda de frio e neve que se intensificou na quarta-feira, enquanto a falta de eletricidade nas zonas mais afetadas impossibilita a população de entrar em contato com suas famílias.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.