Coreia do Norte instala lançadores de mísseis na costa
Uma fonte do governo da Coreia do Sul disse a agência local Yonhap que a movimentação foi identificada em imagens de satélite
Por Da Redação
21 abr 2013, 11h26
A Coreia do Norte instalou recentemente dois lançadores de mísseis de curta distância na costa leste, informou a agência de notícias sul coreana Yonhap neste domingo. Uma fonte anônima do governo do Sul disse que foi identificada, em imagens de satélite, a movimentação de dois veículos de transporte e lançamento do tipo TEL (transporter erector launcher) e de mísseis de curto alcance Scud na província de Hamgyong. “Os militares estão observando de perto os últimos preparativos para o lançamento de um míssil”, disse. O Ministério da Defesa sul-coreano ainda não confirmou a informação e disse que não foi detectada nenhuma atividade estranha no vizinho.
O posicionamento pode significar um iminente teste de mísseis, esperado pela Coreia do Sul e seus aliados há semana como parte da escalada de ameaças do regime de Pyongyang e aumento da tensão na península coreana. O possível lançamento pode coincidir com o aniversário de criação do exército coreano no dia 25 de abril.
Segundo a inteligência da Coreia do Sul, o país comunista enviou sete lançadores móveis e posicionou dois mísseis Musudan de médio alcance (cerca de 4.000 quilômetros) em sua costa oriental, no início de abril. O armamento teria capacidade de atingir os territórios sul-coreano e japonês, além da Ilha de Guam, que abriga bases militares dos Estados Unidos.
Tensão – A Coreia do Norte começou a engrossar sua retórica belicista em março, depois de o Conselho de Segurança da ONU aprovar novas sanções ao país devido à realização de um teste nuclear. A partir daí, o Norte passou a fazer ameaças diárias contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul, conseguindo atrair a atenção do governo americano, que reforçou seus sistemas de defesa, para garantir a proteção dos aliados na Ásia.
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Após várias semanas de tensão, nos últimos dias o Norte passou a defender o diálogo, ao estilo norte-coreano, claro. Na quinta-feira, o regime apresentou uma lista de exigências para iniciar as eventuais negociações, incluindo a suspensão de manobras militares conjuntas de EUA e Coreia do Sul na península coreana e a retirada das sanções da ONU. Neste sábado, Pyongyang também afirmou que aceitaria negociar com os americanos uma possível redução de seus armamentos, mas negou a possibilidade de interromper seu programa nuclear.
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