Colaboradores do ETA são detidos na França e Espanha
Eles são acusados de dar aulas de informática a terroristas na Venezuela
“As detenções continuarão e seguiremos com a perseguição daqueles que não respeitam as leis”
José Luis Rodríguez Zapatero, chefe do governo espanhol
Duas pessoas foram detidas na Espanha e na França por suspeita de envolvimento com a organização terrorista ETA. As detenções ocorrem um dia depois de o ETA declarar um cessar-fogo “permanente, geral e verificável.”
Os detidos, especialistas em informática, são um homem, identificado como Iraitz Guesalaga e presona cidade francesa de Ciboure, e uma mulher, Itsaso Urtiaga que foi detida na localidade espanhola de Zarautz. A Guarda Civil os acusa de ter dado aulas sobre o uso de computadores a membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do grupo separatista basco na Venezuela.
Na segunda-feira, o chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, mostrou descrença diante do anúncio de “trégua” do ETA, e afirmou que a política antiterrorista do país será mantida. “Ou seja, as detenções continuarão e seguiremos com a perseguição daqueles que não respeitam as leis”, destacou. Ele disse ainda que não permitirá ser “enganado” pela organização armada.
“O comunicado do ETA não serve: tem que dar passos muito mais contundentes e definitivos: não vamos permitir que nos enganem”, completou, deixando claro que o governo espanhol e diversas forças políticas consideraram insuficiente o anúncio porque não declara o fim definitivo da violência no país. Zapatero ainda deixou claro que “não haverá nenhum tipo de diálogo” com a organização armada e que não será aceita “nenhuma condição política que possa servir para os objetivos do grupo terrorista”.
(Com agência EFE)